CNC prevê expansão de 1% para o setor de serviços este ano

A previsão de crescimento do setor de serviços este ano se mantém em 1%, conforme prevê a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ritmo de expansão do setor, em outubro, elevou seu faturamento em 0,8% em relação a setembro.

Esse foi o melhor desempenho para um mês de outubro em sete anos e o terceiro avanço dos últimos quatro meses. No acumulado de janeiro a outubro de 2019, foi registrada alta também de 0,8%.

Diante dos resultados revelados pela PMS, a CNC melhorou a previsão para 2020, estimando alta de 1,9% para o setor de serviços, contra 1,7% projetados anteriormente.

A previsão de alta de 1,9% se deve, principalmente, à política monetária mais expansionista na taxa de juros “passando o ano de 2020 em um novo piso histórico, talvez até abaixo dos 4,5% com a redução da Selic (taxa básica de juros) de ontem. Acredita-se que tem espaço para a taxa básica chegar perto de 4% ao ano, no ano que vem”, disse Bentes.

No trimestre encerrado em outubro, o setor de serviços aumentou 2,1%. Na comparação com outubro de 2018, houve alta de 2,7%, maior taxa para o mês desde 2013 (4,2%).

O economista da CNC, Fabio Bentes, lembrou que a PMS abrange também serviços prestados às empresas e não apenas às famílias. “Esse lado do investimento aparece na PMS e não aparece muito na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Por isso, por conta da Selic mais baixa e até do próprio PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os produtos e serviços fabricados no país), a gente está esperando para 2020 um ano melhor”.

Outra coisa positiva revelada pela PMS de outubro foi a questão de preço. Quando se olha a maioria dos preços, percebe-se que a inflação está baixa, próxima de 3%, quando se exclui o problema dos alimentos, em especial carnes, cuja alta de preços pressionou a inflação de novembro. A meta de inflação é de 4,25% para o ano.

Fabio Bentes estimou que serviços de telecomunicações e transporte de cargas, por exemplo, acabam reagindo mais favoravelmente em um ambiente que consegue combinar inflação baixa com juros no piso histórico.

Bentes explicou ainda que o aumento de 1% projetado para 2019 é o primeiro desde 2014 no setor de serviços, porque o setor não cresceu entre 2015 e 2018.

Para 2020, a expectativa é de melhorar o cenário dos serviços no Brasil, que é o grande empregador da economia no Brasil. O setor terciário responde por 72% do emprego. “E o que está faltando no momento no Brasil é, justamente, a reativação do mercado de trabalho”, assegurou o economista da CNC.

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)

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