A primeira quinzena de março foi marcada por recuperação na oferta de alfaces em comparação com o mês anterior. A aceleração do ritmo de plantio, somada às condições climáticas mais favoráveis para a produção e à demanda mais controlada (devido à descapitalização do consumidor), foram fatores determinantes no reestabelecimento da disponibilidade do produto – e, consequentemente, para uma ligeira baixa nos preços. Outro ponto notável foi a recuperação da qualidade da folhosa: com o clima menos úmido, a produção, que vinha apresentando problemas (como tamanho do produto e queima das folhas), recuperou o vigor.
Conforme pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em Ibiúna (SP), a alface crespa tem média de R$ 1,49/unidade na parcial de março (até 18/03), redução de 18,9% frente ao valor de fevereiro. Em Mogi das Cruzes (SP), o volume não subiu tanto quanto em Ibiúna, e as variações foram mais brandas: enquanto a crespa recuou 5,1%, a R$ 1,54/unidade, a americana registrou aumento de 8,8%, fechando em média a R$ 2,59/unidade. Já na região de Teresópolis (RJ), o aumento do ritmo de plantio alavancou a oferta e trouxe uma redução mais significativa nos preços: a crespa teve um recuo de -26,3% em relação ao mês anterior, com cotação final de R$ 0,97/unidade.
Com o aumento geral nos preços de bens de consumo, o consumidor tende a seguir descapitalizado e a demanda pode permanecer controlada no próximo mês – também pela previsão de menores temperaturas, com a chegada do outono. Além disso, o clima mais fresco com o fim do verão é favorável à produção, podendo contribuir com maior volume. Este cenário pode levar a novas baixas nas cotações da folhosa.
Com informações da hfbrasil.