Cesta básica: quatro itens de limpeza não custa menos que R$ 30,00

(Foto: Nilson Figueiredo)
(Foto: Nilson Figueiredo)

A pesquisa visitou seis supermercados e calculou o valor mais em conta dos produtos

Uma caixa de sabão em pó de 1,6 kg (R$ 20,99), um pacote de sabão de barras com 5 unidades (R$ 7,90), um detergente líquido de 500 ml (R$ 2,29) e um pacote de esponja de aço contendo 8 unidades (R$ 2,79), resultam em uma soma de R$ 33,97, conforme constatou a pesquisa de preço com produtos da cesta básica feita toda semana pelo jornal O Estado.

Para chegar ao resultado, calculamos o menor valor dos produtos encontrados nas prateleiras, dos seis supermercados visitados pela reportagem. Ou seja, o valor pago na compra desses quatro itens poderia ser maior, tendo em vista que os preços considerados pela pesquisa não foram coletados em um só estabelecimento.

Entre os produtos de limpeza, o sabão de barras foi o que apresentou maior diferença de preço entre os comércios (74,05%), o sabão em pó (28,16%), detergente líquido (39,30%) e a esponja (46,58%).

Na seção de mercearia, conforme preços coletados na sexta-feira (03), o pacote de arroz com 5 kg é vendido em média por R$ 25,42. Os valores do alimento oscilaram entre R$ 23,98 à R$ 25,90, a variação de preço ficou em 8,38%. Enquanto o pacote de feijão de 1 kg teve uma diferença de preço calculada em 50,08%, o item é vendido entre R$ 5,99 e R$ 8,99.

Vendido entre R$ 16,50 e R$ 17,90 o café de 500 g é repassado ao consumidor por R$ 17,03. A diferença de preço entre os supermercados foi de 8,48%. Com um destaque que chama atenção, o sal de 1 kg é vendido entre R$ 1,69 à R$ 5,29 o que gera uma diferença de preço de 213,01%. A média de preço é de R$ 3,44.

No setor de açougue, o quilo do frango congelado custa ao bolso do campo-grande por R$ 10,39, em média. Os valores variaram entre R$ 8,99 à R$ 13,49, a variação de preço ficou em 50,06% entre as unidades de venda. Outra opção de proteína, porém com custo alto é o coxão mole, a média de preço do corte é vendido por R$ 31,94. Os valores oscilaram entre 28,90 podendo custar R$ 38,99 o quilo.

Hortifruti

Por fim, chegamos à seção mais temida, nos últimos dias para o consumidor que não abre mão de um tempero, ou um alimento para ser usado nos pratos de saladas, e as frutas. Com destaque na pesquisa anterior (128,94), o quilo da banana obteve a segunda maior variação de preço na atual coleta de preços (105,40%). O quilo da fruta variou entre R$ 3,89 e R$ 7,99, o gasto médio na compra do alimento é de R$ 5,70.

Um dos alimentos que puxou a última inflação, apurada pelo Dieese, foi o quilo do tomate em Campo Grande a alta foi de 3,09%, em março. A realidade ainda segue sendo refletida nos supermercados, nesta semana o quilo é vendido por R$ 9,74, os valores cobrados variam de R$ 8,49 podendo chegar a custa R$ 12,55. Em segundo lugar com maior média de preço, ficou o quilo da cebola (R$ 9,12), os valores encontrados pela reportagem oscilaram de R$ 8,28 à R$ 10,65, a diferença de preço é de 28,62%.

O quilo da batata obteve diferença de preço em 38,73%, o legume é comercializado em torno de R$ 7,74. Em uma ponta o menor valor cobrado pelo alimento é de R$ 6,48, enquanto na outra ponta o preço chega a custar R$ 8,99.

Pesquisa de preços do Procon-MS

Uma pesquisa do Procon/MS (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor), revela que itens da cesta básica podem ter variação de até 159% nos preços praticados nos supermercados de Campo Grande. Catorze estabelecimentos foram visitados, entre os dias 15 e 24 de abril, estando listados no levantamento 28 produtos. Valores, no entanto, podem ter sido alterados.

Ao considerar o pacote de feijão de um quilo, os consumidores podem se deparar com preços entre R$ 6,95 a R$ 11,90. O arroz tipo 1, com cinco quilos, oscilou de R$ 21,90 a R$ 33,89. Já a farinha de mandioca branca com um quilo foi encontrada de R$ 6,95 a R$ 18,65.

“Importante destacar que a pesquisa pode guiar os consumidores na hora da compra, mas leva também a refletir sobre os próprios hábitos de consumo em relação a marcas e preços”, avalia o secretário-executivo do Procon/MS, Angelo Motti.

Entre os itens de higiene e limpeza, o levantamento encontrou a maior variação em um único produto e marca. O creme dental chegou a 159,82% de diferença, com valores entre R$ 2,19 e R$ 5,69. Ele é seguido pelo papel higiênico de folha dupla e quatro unidades, com preços entre R$ 3,75 e R$ 11,89. Ainda em uma mesma marca a variação chega a 131,73%.

Por Suzi Jarde

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