Com alta de 1,55% em setembro, custo chegou a R$ 780,67; alimentos como café, banana e óleo de soja puxaram o aumento, segundo o Dieese e a Conab
O valor da cesta básica de alimentos em Campo Grande voltou a subir em setembro, registrando alta de 1,55% em relação a agosto, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, elaborada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em parceria com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Com isso, o conjunto dos 13 itens passou a custar R$ 780,67 na Capital.
No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento chega a 9,24%, e no ano, a 1,34%. Com o reajuste, o trabalhador que recebe o salário mínimo de R$ 1.518 precisou trabalhar 113 horas e 8 minutos para adquirir a cesta básica em setembro, o equivalente a 55,6% da renda líquida, já descontada a Previdência.
Entre agosto e setembro, cinco produtos registraram queda nos preços: batata (-6,96%), arroz agulhinha (-4,75%), açúcar cristal (-4,00%), tomate (-3,32%) e feijão carioca (-1,04%). Por outro lado, a maioria dos itens apresentou elevação, com destaque para banana (8,84%), óleo de soja (4,46%), café em pó (4,32%), leite integral (2,48%), pão francês (1,62%) e carne bovina de primeira (1,33%).
O café em pó foi um dos vilões do orçamento ao longo do ano: no acumulado dos últimos 12 meses, o preço do produto subiu 69,71%. Também tiveram altas expressivas o tomate (49,07%), o óleo de soja (28,01%) e a carne bovina (26,04%). Já a batata apresentou a maior queda no período, de 50,54%, seguida pelo arroz (-30,11%) e pelo feijão carioca (-9,03%).
Apesar da elevação em Campo Grande, a Capital ainda tem uma das cestas mais baratas do Centro-Oeste. O levantamento mostra que São Paulo segue com o maior custo do país (R$ 842,26), enquanto os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 552,65) e Maceió (R$ 593,17).
Segundo o Dieese, os resultados refletem oscilações sazonais na oferta de alimentos e o impacto das condições climáticas e de mercado sobre produtos básicos.
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