A celulose, que liderava a pauta de comércio exterior do Estado há pelo menos um ano e meio, perdeu espaço para a soja e fechou o acumulado de janeiro a maio de 2020 atrás do grão.
Segundo números da Secex (Secretaria de Comércio Exterior do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), divulgados ontem (9) pela Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a exportação de celulose somou US$ 747,7 milhões este ano, contra US$ 811 milhões movimentados pela soja.
A participação do produto extraído do eucalipto na pauta comercial sul-mato-grossense com países estrangeiros passou a 31,94%, atrás dos 34,65% do grão.
A desaceleração da celulose se explica pela instabilidade no mercado externo. A commodity vinha se recuperando da queda nos preços registrada no ano passado, por excesso de estoques. Porém, a imprevisibilidade com a crise provocada pela pandemia de novo coronavírus segura uma reação completa.
O volume exportado de celulose de janeiro a maio deste ano, de 1,914 milhão de toneladas, cresceu 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o valor movimentado despencou 15,63%.
Juntas, as plantas da Eldorado e da Suzano, instaladas em Três Lagoas, têm capacidade para produzir 5,9 milhões de toneladas de celulose por ano. A retração da commodity fez a participação da cidade no mercado externo cair de 52,34% no ano passado para 43,67% este ano.
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(Texto: Jones Mário/Publicado por João Fernandes)