Última pesquisa do jornal O Estado indica que a pressão desses itens foi decisiva para manter a cesta em nível elevado no fim do ano
A última pesquisa da cesta básica de 2025, realizada pelo jornal O Estado, confirma que o custo das compras essenciais permanece elevado em Campo Grande, sustentado principalmente por três grupos de produtos: carne bovina, café e itens de higiene. Juntos, esses itens concentraram parte relevante do gasto médio das famílias e impediram qualquer alívio no valor final da cesta no encerramento do ano.
Entre as proteínas, a carne bovina segue como o principal fator de pressão. O quilo do coxão mole fechou dezembro com preço médio de R$ 43,42, alcançando valores acima de R$ 50 em alguns estabelecimentos. Mesmo com alternativas mais acessíveis, como o frango congelado – que apresentou média de R$ 10,72 o quilo –, a carne vermelha continua sendo um dos itens que mais distanciam o consumo da capacidade de compra das famílias.
O café, presente diário na mesa do brasileiro, foi o principal vetor de encarecimento da cesta básica ao longo de 2025. O pacote de 500 gramas encerra o ano com média de R$ 33,81, mantendo-se entre os itens de maior impacto no custo mensal das famílias.
Já o papel higiênico, muitas vezes diluído no carrinho de compras, aparece como um dos vilões silenciosos da cesta. O pacote com 12 rolos fechou o ano com preço médio de R$ 26,93, confirmando que os itens de higiene e limpeza deixaram de ser gastos marginais e passaram a representar parcela significativa do orçamento doméstico.
Enquanto esses produtos mantêm o custo da cesta elevado, os alimentos básicos apresentam comportamento mais estável, mas sem queda relevante. O arroz de cinco quilos encerra o ano com média de R$ 14,24, e o feijão, de R$ 5,66. O óleo de soja ficou em R$ 7,57.
No grupo dos hortifrútis, o encerramento de 2025 é marcado por oscilações pontuais, mas ainda em patamar elevado para itens de consumo frequente. O tomate apresentou média de R$ 7,91 o quilo, enquanto a batata ficou em R$ 4,22. A banana manteve média de R$ 7,09, e a maçã, de R$ 13,99, confirmando que frutas seguem pesando no custo da alimentação básica.
Por Djeneffer Cordoba
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