Pela primeira em 27 anos, o Brasil se juntou aos Estados Unidos e votou contra uma resolução que é apreciada anualmente na Assembleia Geral da ONU para condenar o embargo econômico americano contra Cuba. A Assembleia Geral, de 193 membros, adotou na quinta-feira (07) a resolução por esmagadora maioria pelo 28º ano seguido, com 187 votos favoráveis.
O embargo econômico americano a Cuba existe desde 1962, mas as primeiras medidas para isolar a ilha começaram a ser implementadas em 1960, um ano após Fidel Castro tomar o poder.
A nova posição brasileira também contrasta com a de outros países próximos dos EUA, alguns altamente dependentes de ajuda militar ou econômica, como a Colômbia e a Ucrânia, que se abstiveram. Já a Guatemala, único país que acompanhou Washington na transferência de sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, votou a favor da resolução.
Após a votação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, defendeu a mudança de curso do país. Em mensagens no Twitter, ele disse que o “Brasil votou a favor da verdade” e que é preciso deixar de “bajular Cuba”.
“Nada nos solidariza com Cuba. O regime cubano, desde sua famigerada revolução 60 anos atrás, destruiu a liberdade de seu próprio povo, executou milhares de pessoas, criou um sistema econômico de miséria e, não satisfeito, tentou exportar essa ‘revolução’ para a América Latina”, escreveu.
O embargo econômico americano a Cuba existe desde 1962, mas as primeiras medidas para isolar a ilha começaram a ser implementadas em 1960, um ano após Fidel Castro tomar o poder. (João Fernandes com DW)