Serviços e indústria lideram as contratações, mas ritmo de criação desacelera em relação a 2024
O Brasil abriu 213.002 vagas com carteira assinada em setembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo representa a diferença entre contratações e demissões e mostra um avanço em relação a agosto, quando haviam sido criados 147.358 empregos.
Apesar do crescimento mensal, o ritmo de geração de postos caiu 15,6% na comparação com setembro de 2024, quando foram registradas 252.237 novas vagas. Segundo analistas, a desaceleração está ligada ao impacto dos juros altos e ao enfraquecimento da atividade econômica.
Entre os setores, todos os cinco pesquisados tiveram saldo positivo. O de serviços liderou a criação de empregos, com 106.606 novas vagas, impulsionado pelos segmentos de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que somaram 52.873 contratações líquidas. A indústria ficou em segundo lugar, com 43.095 postos, seguida pelo comércio (36.280), construção civil (23.855) e agropecuária (3.167).
Na indústria, o melhor desempenho foi da transformação, que abriu 39.305 vagas. O setor de água, esgoto e gestão de resíduos criou 2.120 postos, enquanto a indústria extrativa teve saldo de 841 contratações.
Todas as regiões do país registraram crescimento do emprego formal. O Sudeste liderou, com 80.639 novas vagas, seguido por Nordeste (72.347), Sul (27.302), Norte (18.151) e Centro-Oeste (14.569). Entre os estados, São Paulo teve o melhor resultado (+49.052), à frente de Rio de Janeiro (+16.009) e Pernambuco (+15.602). Os menores saldos foram observados no Acre (+845), Amapá (+735) e Roraima (+295).
No acumulado de janeiro a setembro, o país soma 1.716.600 empregos com carteira assinada, abaixo do resultado do mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 1.995.164 vagas. Os números incluem ajustes referentes a declarações entregues com atraso pelos empregadores.
*Com informações da Agência Brasil
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