Bolsa sustenta alta enquanto Wall Street cai em meio a preocupações com a COVID

Reprodução/Agência Brasil
Reprodução/Agência Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O mercado de ações brasileiro sustentou leve alta nesta quinta-feira (16), quando as Bolsas americanas e europeias tomaram caminhos distintos ao interpretar dados sobre políticas monetárias, o avanço da variante ômicron e os efeitos desses dois fatores sobre a economia global.

O Ibovespa, indicador que concentra a maior parte dos negócios da Bolsa do Brasil, subiu 0,83%, a 108.326 pontos. O dólar cedeu 0,49%, a R$ 5,6800. A desvalorização da divisa americana frente ao real contou com um empurrão do Banco Central, que vendeu US$ 830 milhões (R$ 4,72 bilhões) à vista.

Na Europa, os principais índices das Bolsas de Londres, Paris e Frankfurt cresceram pouco mais de 1% cada.

O Banco Central Europeu informou que retiraria o seu programa de compra de ativos, mas manteria estímulos para evitar o esfriamento da atividade econômica enquanto diversos países do bloco enfrentam o avanço da nova cepa do vírus da COVID-19. Já a autoridade monetária da Inglaterra foi a primeira a elevar os juros, conforme reportou o Wall Street Journal.

Nos Estados Unidos, os mercados recuaram um dia após investidores demonstrarem ânimo com o anúncio de uma alta nos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano) em linha com o esperado ou, até mesmo, menos agressiva do que o cenário de alta da inflação poderia sugerir, de acordo com alguns analistas.

Na Nasdaq, onde estão listadas empresas de tecnologia e que tendem a ser mais vulneráveis a políticas monetárias contracionistas, houve forte queda de 2,47%.

O índice S&P 500, referência do mercado americano, caiu 0,87%. O Dow Jones, composto por empresas menos vulneráveis ao aperto monetário, cedeu 0,08%.

Festas de de fim de ano e até apresentações teatrais na Broadway, em Nova York, estão sendo canceladas enquanto o país enfrenta um rápido avanço das contaminações pela variante ômicron, informou o New York Times nesta quinta.

Interpretações pessimistas em relação ao aperto monetário na Europa e preocupações sobre o avanço da COVID influenciaram negativamente o mercado americano, disseram analistas ao Wall Street Journal.

O petróleo Brent, referência mundial, subiu 1,16%, a US$ 74,74 (R$ 425,69).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *