O mercado financeiro global começou a semana em tom negativo, com a Bolsa em queda e o dólar em alta. Nesta segunda-feira (13), investidores refletem o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos da Moody’s de “estável” para “negativa” na última sexta (10).
Na revisão, a agência de classificação de risco citou grandes déficits fiscais e um declínio na capacidade de pagamento da dívida como riscos para a economia americana.
A medida vem após a Fitch, outra agência de classificação de risco, rebaixar o rating soberano dos EUA neste ano, na esteira de meses de embate político em torno do teto da dívida americana.
Investidores também aguardam dados de inflação nos EUA, que serão divulgados na terça (14), conforme continuam as dúvidas sobre quando se encerrará o ciclo de aumento de juros americanos.A
previsão é de uma desaceleração de 3,7% em setembro para 3,3% em outubro. No entanto, o núcleo da inflação deve permanecer inalterado em relação ao mês anterior.
Em Wall Street, os rendimentos dos Treasuries sobem, enquanto os índices acionários se desvalorizam. O S&P 500 cai 0,40%.
Por aqui, o Ibovespa recua 0,47%, a 119.999 pontos às 12h05. Nas últimas três semanas, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira acumulou uma alta de 6,55%.
Já o dólar comercial à vista avança 0,23%, a R$ 4,9258.
No geral, quanto mais altos os juros dos EUA, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, uma vez que investidores passam a mostrar maior interesse pelo extremamente seguro mercado de renda fixa americano.
Enquanto isso, no Brasil, investidores continuavam de olho no risco fiscal, em meio a discussões sobre a possibilidade de mudança do objetivo fiscal para 2024 devido à dificuldades do governo em aumentar a arrecadação.
“A discussão principal agora não é se a meta será alterada, mas para quanto”, disseram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.
Com informações da Folhapress