O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 80 milhões à Usina Laguna, de etanol e açúcar, para geração de energia renovável a partir do bagaço da cana. Além disso os recursos serão destinados a ampliação da capacidade de estocagem, incremento do potencial de moagem e investimentos no aumento e na renovação de seu canavial. Com o projeto, o empreendimento terá capacidade de produção – para fornecimento ao sistema integrado nacional de energia elétrica – de 30 Megawatts (MW), o suficiente para atender a 15 mil residências.
Além de incrementar a produtividade e diversificar as fontes de receita da usina, os investimentos contribuirão para o aumento da produção sustentável de biocombustível, a manutenção da segurança energética no Brasil e a geração de empregos na região.
A sinergia da operação com o planejamento do BNDES é explicada pelo chefe do Departamento do Complexo Agroalimentar e de Biocombustíveis do BNDES, Mauro Mattoso. “O projeto apoiado está alinhado ao Plano Trienal do BNDES, pois visa ao aumento de produtividade, da competitividade e do emprego, integrando inovação, exportação, empreendedorismo e descarbonização por meio da ampliação e da modernização da usina.” A exportação a que se refere o executivo significa o fornecimento ao sistema integrado nacional – não caracterizando, portanto, fornecimento de energia para outros países.
Com sede em Batayporã, cidade do sudoeste de Mato Grosso do Sul a 313 km de Campo Grande, a Usina Laguna produz etanol hidratado (utilizado em combustíveis e na indústria farmacêutica, por exemplo) e emprega atualmente cerca de 660 funcionários – em sua maioria, moradores do município, que tem pouco mais de 11 mil habitantes. Com o financiamento do BNDES, essa quantidade deve ser ampliada para 741 empregados, contribuindo para o desenvolvimento regional.
(Texto: Rosana Siqueira)
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