Banana lidera ranking da Ceasa e percorre até 3,1 mil km para chegar ao consumidor de MS

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Fruta foi o item mais comercializado no 1º semestre, com destaque para Minas Gerais e Ceará entre os maiores fornecedores

A mesa do consumidor sul-mato-grossense é abastecida por um verdadeiro corredor logístico que conecta diferentes regiões do Brasil e até outros países à CEASA/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul). Entre janeiro e junho de 2025, toneladas de frutas, verduras e legumes percorreram milhares de quilômetros até chegar a Campo Grande.

No período, a banana foi o produto mais comercializado. Em seis meses, 11 estados brasileiros enviaram carregamentos da fruta, que viajou até 3,1 mil quilômetros para chegar ao destino. O Ceará, por exemplo, despachou 4,6 mil toneladas, enquanto Minas Gerais consolidou-se como maior fornecedor, com 7 mil toneladas enviadas.

Logo atrás aparece o tomate, com 12,8 mil toneladas vendidas. A Bahia, distante 2,4 mil quilômetros, forneceu 617 toneladas, mas foi o Paraná quem garantiu a maior fatia do mercado: 3,3 mil toneladas. Em terceiro lugar no ranking, a batata também tem forte presença paranaense, com 5,8 mil toneladas do total de 11 mil comercializadas, ainda que chegue de regiões tão distantes quanto o Pará, responsável por 27,5 toneladas.

A presença internacional também é notável. A cebola, quarta colocada, veio não apenas de estados como Goiás e São Paulo, mas também da Argentina, que enviou 194 toneladas. Outro exemplo é a laranja, sexta mais vendida, cuja origem inclui 49 toneladas embarcadas em Portugal. Já a maçã, oitava no ranking, destacou-se como a única fruta importada entre os dez primeiros colocados, vinda da Argentina, Portugal, Chile e Uruguai.

Entre as frutas de maior consumo interno, a melancia soma 6,2 mil toneladas comercializadas, com 2,1 mil produzidas em Mato Grosso do Sul. Ainda assim, parte da fruta percorreu longas distâncias, como as sete toneladas enviadas de Pernambuco. A cenoura e o repolho, que completam o ranking, têm forte dependência de São Paulo, Estado que aparece como maior fornecedor em diversos produtos.

A mandioca, décima colocada, é exceção na lista por carregar a marca da produção local: foram 3 mil toneladas cultivadas no próprio Mato Grosso do Sul.

Segundo o diretor de Abastecimento e Mercado da CEASA/MS, Fernando Begena, esses números extrapolam a mera estatística de consumo. “Esses dados são importantes não apenas por refletirem os hábitos de consumo dos sul-mato-grossenses. Eles mostram, para os governos estaduais, municipais e toda a cadeia produtiva de hortifrutigranjeiros, quais produtos têm espaço para serem explorados comercialmente, desde que isso seja feito seguindo critérios técnicos, com escala de produção e constância no abastecimento”, afirma.

Por Djeneffer Cordoba 

 

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