Fortemente afetado pelo recuo nas exportações, a balança de setembro veio abaixo da expectativa de um saldo positivo de 3,2 bilhões de dólares. No mês, as vendas de produtos brasileiros ao exterior caíram 11,6% ante igual mês de 2018, pela média diária, chegando a 18,740 bilhões de dólares.
Houve queda de 32,1% nas exportações de produtos semimanufaturados e de 14,5% na de básicos, com destaque, neste último grupo, para a redução de 37,7% — ou 1,79 bilhão de dólares — nas vendas de petróleo em bruto. Já as vendas produtos manufaturados subiram 4,4% em relação a igual mês de 2018. Em relação às importações, houve aumento de 5,7% em setembro sobre um ano antes, a 16,494 bilhões de dólares.
Neste caso, as compras de bens de capital cresceram 95,1% sobre setembro do ano passado, ao passo que houve redução em todas as demais categorias: bens de consumo (-8,5%), combustíveis e lubrificantes (-6,7%) e bens intermediários (-3,9%).
Com isso, o governo reduziu a previsão de superávit para 41,8 bilhões de dólares, sobre 56,7 bilhões de dólares estimados anteriormente. A justificativa, segundo a pasta, é a desaceleração global. (João Fernandes com VEJA)