Baixo consumo e capacitação seguram resultados mais doces

Estado movimenta R$ 8 milhões por ano com 714 mil toneladas do alimento; números podem quadruplicar

Segundo informações da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul), o Estado possui 981 apicultores cadastrados, e destes, 20 de Campo Grande, com 23.961 colmeias. Com isso, a produção regional de mel por ano é estimada em 714.343 toneladas, com um valor de produção de R$ 8 milhões.

Especialistas destacam que o Estado possui capacidade para quadruplicar tais resultados, desde que alguns gargalos, como o baixo consumo regional e a falta de capacitação, sejam ultrapassados. Para este último caso, o Senar-MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), por meio de assistência técnica e gerencial, tem possibilitado melhores rendimentos e o ensino necessário para a expansão.

Em Campo Grande, os alunos dos cursos de Zootecnia e Medicina Veterinária podem optar pela disciplina de Apicultura e participar de aulas práticas na área da especialidade da UFMS (Universidade Federal de
Mato Grosso do Sul), lotada na Famez (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia).

O conhecimento prático dos alunos é fundamental para aumentar a produção e garantir a qualidade dos produtos apícolas, contou Rodrigo Zaluski, professor da área de Apicultura e Meliponicultura da universidade e também coordenador do Geams (Grupo de Estudos em Apicultura e Meliponicultura Sustentável de Mato Grosso do Sul).

“Todo semestre é ofertada a disciplina de Apicultura, principalmente para alunos dos cursos de Zootecnia e Medicina Veterinária. Contamos com um laboratório para processamento de produtos apícolas, desenvolvimento de pesquisas e dois apiários. Nosso apiário de ensino e produção conta com 22 colmeias
e fica localizado na Fazenda Escola da Famez, no município de Terenos. Também temos um
apiário instalado na reserva da universidade, que conta com oito colmeias destinadas à realização de pesquisas e aulas práticas”, descreve.

“Além da apicultura, estamos trabalhando com a criação de abelhas nativas sem ferrão [meliponicultura], que apresenta grande potencial para exploração de mel, própolis e para a conservação de espécies”, continuo ele, que destaca que, no ano passado, a produção obtida nas colmeias da universidade foi de aproximadamente 18 kg de mel/colmeia. Para este ano, a projeção é de uma produção média de 40 kg de mel/colmeia.

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(Texto: Michelly Perez/ publicado no site por Karine Alencar)

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