Apesar do retorno gradual das chuvas, demanda de fim de ano deve manter elevação
O forte calor registrado em setembro inflacionou os preços das hortaliças e frutas comercializadas, conforme os dados levantados nas Ceasas de todo o país. Em Campo Grande a situação não foi diferente e, em alguns casos, com a escassez de oferta para o consumidor, os preços subiram até 80%. As informações foram repassadas por produtores e atacadistas. Para a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), hortaliças folhosas, como a alface, com o aumento de consumo, apresentaram também elevação de preço, com continuação desta tendência no começo de outubro. Mesmo com as chuvas amenizando o calor, a demanda para o fim do ano pode manter os preços em alta.
Com 15 anos de experiência no trabalho no campo e na venda de frutas na Capital, o empresário Ivan Silva, proprietário da Rôrô Frutas da Vila Planalto, contou que, além dos preços, a estiagem e a sensação térmica de mais de 50º C provocaram uma perda de qualidade de algumas frutas, que, segundo ele, chegaram a estragar ainda no pé, antes de serem colhidas.
“Como produtor eu vi que pouca gente no Estado conseguiu produzir com qualidade. O sol estava muito forte, por exemplo, na melancia, sem os cuidados necessários de proteção solar, o sol queimava ela e a produção de maneira geral, diminuiu bastante, mesmo nas regiões onde a produção sempre foi o carro-chefe. Além da melancia, produtos como o pimentão, repolho, perdemos roças inteiras de berinjela, jiló, esses produtos foram amarelando no pé, antes da colheita”, lamentou.
(Texto: Michelly Perez )
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