Indicador acumula alta de 2,6% no ano e de 3,2% em 12 meses, segundo o IBC-Br
A economia brasileira registrou crescimento em agosto, segundo o Banco Central. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira (16), apontou alta de 0,4% em relação a julho, considerando os dados ajustados para o período. O resultado mostra continuidade, ainda que moderada, no ritmo de expansão da atividade no país.
Em comparação a agosto do ano passado, o índice teve variação positiva de 0,1%. Já no acumulado de 2025, a alta é de 2,6%, enquanto nos últimos 12 meses o avanço chega a 3,2%.
O IBC-Br reúne informações sobre o desempenho de setores como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além da arrecadação de impostos. Por refletir a movimentação da economia, o indicador é um dos principais instrumentos usados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para avaliar os efeitos da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano.
Taxas de juros elevadas costumam frear a economia, já que encarecem o crédito e reduzem o consumo, mas também ajudam a conter a inflação. Por outro lado, quando o Copom reduz a Selic, o crédito se torna mais acessível, estimulando a produção e o consumo — movimento que tende a aquecer a atividade econômica, mas pode aumentar a pressão sobre os preços.
Na última reunião, em setembro, o Copom optou por manter a Selic em 15% ao ano. O colegiado indicou que pretende sustentar esse patamar “por período bastante prolongado”, com o objetivo de garantir que a inflação volte à meta.
Pressão inflacionária
Depois de registrar queda em agosto, a inflação oficial voltou a subir no mês seguinte. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,48% em setembro, impulsionado pela alta da conta de luz. Em 12 meses, o acumulado chegou a 5,17%, acima do teto da meta de 4,5%.
O comportamento dos preços e as incertezas no cenário internacional têm contribuído para a postura mais cautelosa do Banco Central. A estratégia busca equilibrar o controle da inflação com o estímulo à retomada da economia.
Diferença em relação ao PIB
Embora o IBC-Br sirva de termômetro para o desempenho da economia, ele não substitui o Produto Interno Bruto (PIB), que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e segue metodologia própria.
No segundo trimestre deste ano, o PIB brasileiro cresceu 0,4%, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, o país encerrou o ano com alta de 3,4%, mantendo o quarto resultado positivo consecutivo — o melhor desde 2021, quando o crescimento foi de 4,8%.
*Com informações da Agência Brasil
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