Após alta de 19,01%, óleo de soja se torna ‘vilão’

Produto que já vem pesando no orçamento dos consumidores teve majoração mais intensa no mês

O mês de setembro trouxe consigo uma alta de 1,72% no conjunto de alimentos da cesta básica dos campo-grandenses. Os dados constam do levantamento mensal realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Segundo a pesquisa, dentre os itens que mais contribuíram para a elevação está o óleo de soja, que subiu (19,01%), com custo médio de R$ 5,58 para a garrafa de 900 ml. Para quem trabalha com a venda de salgados e de churros o preço pesou no orçamento e para garantir o lucro é preciso vender ainda mais.

Para Amado Auteiro, proprietário da Amado’s salgados há 34 anos, localizada na Rua 14 de Julho, Vila Santa Dorotheia o preço para quem, assim como ele, utiliza uma caixa com 20 unidades por semana pesou no orçamento. Conforme tenta equilibrar as contas, a única saída é apostar na qualidade dos produtos para vender um pouco mais.

“Acredito que tenha subido muito mais que 19%, a gente que precisa comprar tanto o óleo de soja, quanto alimentos em geral, sentimos uma grande diferença nos últimos meses, de maneira geral, os supermercados não fazem promoções, então não tem como comprar a um preço mais baixo. Tudo subiu, a única ajuda é que vendemos muito bem, a única saída é essa, vender mais”, pontuou.

No Centro da Capital, Edinaldo Gomes que trabalha com a venda de churros, na banca “Churros do Chaves”, pontuou que não abre mão da pesquisa de preços na hora de comprar o óleo de soja, mesmo assim, lamenta que o valor mais em conta obtido por ele, seja de R$ 6,15.

“A nossa única saída é pesquisr preço, não que isso resolva, já que até agora o preço mais baixo que eu encontrei foi de R$ 6,15. Mesmo assim, a gente não pode deixar de economizar alguns centavos, tudo ajuda, mas o que temos procurado é aumentar as vendas. Se antes a gente já tinha que vender uma quantidade razoavel, agora com o custo dos produtos aumentando, a necessidade só cresce”, afirmou.

Em setembro, cesta básica ficou 1,72% mais cara, segundo Dieese

Segundo informações do Departamento de Estatística, em setembro o valor da cesta básica foi de R$ 492,80, mas quando se tratam de alimentos para uma família, composta por quatro pessoas o valor já subiu para R$ 1.478,40 no período. A nova alta consolida na variação anual em um índice de 9,49%. Valor este, que é ainda maior quando observada a porcentagem do incremento nos últimos 12 meses (24,14%). Embora o óleo de soja, tenha sido o ‘vilão’ da cesta básica, a lista dos produtos que em setembro atingiram valores ainda maiores, que os já registrados em agosto, também é formada pelo tomate (12,86 %), açúcar cristal (6,31 %), arroz (4,69%), carne bovina de primeira (3,32%), banana (2,66%) e feijão carioquinha (2,37%).

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(Texto: Michelly Perez )

 

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