Além da beleza: lavoura de girassol em MS reaparece e serve também como alternativa de renda

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

No ano da pandemia, importação da semente da Argentina ficou inviável

O “mar amarelo” de girassóis vai muito além da beleza e serve também como alternativa rentável, já que da planta é possível extrair mel, óleo e farelo de girassol. O cenário, que é encontrado na Fazenda Cinco Estrelas, localizada na região do Indubrasil, voltou a fazer parte das belezas de Campo Grande, depois de ter passado por um período de dificuldade da importação da semente, ocasionada pela pandemia.  

O agricultor João Carlos Stefanello, dono da propriedade, já havia informado ao jornal O Estado, que a covid-19 impossibilitou a importação de sementes oriundas da Argentina. Com isso, a lavoura, que ficou famosa em 2016, passou despercebida em 2020. E, agora, em 2023, já está voltando a ser notada. Atualmente, os girassóis no local estão em reprodução, com o amarelo ganhando espaço.

De acordo com dados da Embrapa, o girassol é principalmente cultivado no mundo como fonte de óleo comestível, sendo a terceira cultura anual com maior produção de óleo no mundo. Entre as culturas anuais, o girassol é responsável por 16% da produção mundial de óleo, enquanto a soja atende por 46% da produção. Por outro lado, considerando as principais culturas produtoras de óleo (culturas anuais e perenes), o girassol responde por 9%, logo após a palma de óleo (dendê) com 35%, a soja com 26% e a canola com 15%.

Segundo o Boletim da Safra de Grãos, divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em agosto, para a safra 2022/2023 é esperado 55,7 mil hectares de girassóis, no Brasil. Em relação à produtividade, a projeção é de 1.558 kg por hectare. A produção deve ficar em 86,8 millhões de toneladas.

Sobre a planta 

O professor de biologia, Fabiano Izidoro, esclarece algumas dúvidas sobre o girassol ou Helianthus annuus (nome cientifico).

“As sementes de girassol estão prontas para a colheita quando as flores murcham e as cabeças começam a secar. É essencial colhê-las antes que pássaros ou roedores tenham a chance de consumi-las”, alerta o especialista. 

De acordo com a Embrapa, a cultura do girassol em Mato Grosso do Sul tem-se mostrado, aos poucos, como mais uma alternativa para cultivo no outono-inverno. O professor de biologia ainda acrescenta informações quanto ao ciclo de vida da flor.

“Elas são consideradas plantas anuais, o que significa que elas passam por todo o seu ciclo de vida em um único ano. Elas normalmente germinam na primavera, crescem durante o verão, florescem e produzem sementes”, detalha.

O profissional ressalta, ainda, algumas das principais finalidades da flor. “Girassóis têm uma ampla gama de aplicações, incluindo a produção de óleo comestível a partir de suas sementes, alimentação de pássaros, embelezamento de jardins e produção de sementes para fins agrícolas e petiscos. Sua versatilidade os torna uma planta notável, tanto na agricultura quanto na jardinagem”, finaliza Izidoro.

 

Por – Suzi Jarde

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