A inflação oficial no país, fechou agosto em -0,36%, no segundo mês consecutivo de deflação. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado ficou em linha com a expectativa do mercado, que era de uma deflação de 0,39% no mês passado e uma desaceleração do IPCA para 8,72% em 12 meses
Com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9), o IPCA acumulado em 12 meses voltou a ficar abaixo dos dois dígitos pela primeira vez em um ano (em agosto de 2011 ele estava em 9,68% e já preocupava economistas).
Combustíveis
Assim como nas últimas quedas, o preço dos combustíveis contribuíram para essa deflação. Segundo o IBGE, em agosto, os preços dos quatro combustíveis pesquisados caíram: gás veicular (-2,12%), óleo diesel (-3,76%), etanol (-8,67%) e gasolina (-11,64%) – neste último caso, o impacto negativo foi o mais intenso (-0,67 ponto percentual) entre os 377 subitens do IPCA.
Entre as altas, o destaque foi saúde e cuidados pessoais (+1,31%), que contribuiu com +0,17 p.p. em agosto. Alimentação e bebidas subiu 0,24%, mas desacelerou em relação à alta de 1,30% de julho (e impactou o IPCA em 0,05 p.p.).
Todos os demais grupos também subiram, com altas entre 0,10% em habitação e 1,69% em vestuário (o grupo com a maior variação positiva no IPCA de agosto). No grupo habitação, os preços da energia elétrica residencial continuaram caindo (-1,27%), mas de forma menos intensa do que em julho (-5,78%).
Inflação e deflação dos alimentos
Itens importantes relacionados a alimentação subiram de preço, como como o frango em pedaços (+2,87%), o queijo (+2,58%) e as frutas (+1,35%). Entretanto, desaceleraram frente à alta de julho (+1,30%).
Houve queda nos preços do tomate (-11,25%), da batata-inglesa (-10,07%) e do óleo de soja (-5,56%), o que fez com que o resultado da alimentação no domicílio ficasse próximo da estabilidade (+0,01%). Já a alimentação fora do domicílio avançou 0,89%.
Meta para inflação
Em 2021, a inflação fechou o ano em 10,06%, bem acima do teto da meta (5,25%), representando o maior aumento desde 2015.
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para 2022 é de 3,5% e só será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O Banco Central já admitiu oficialmente, porém, que a meta de inflação será descumprida em 2022 pelo segundo ano seguido.
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