Convidado pela Comissão de Educação do Senado para explicar os erros do Enem 2019 na manhã desta terça-feira (11), o ministro Abraham Weintraub minimizou as falhas na correção, que atingiram mais de 5 mil candidatos e levaram 172 mil a procurarem o MEC (Ministério da Educação), e os problemas de acesso no Sisu (Sistema de Seleção Unificada).
Entre os destaques, o titular do MEC repetiu sua visão de que os estudantes levaram apenas “um susto” por conta da falha na correção e reafirmou que “absolutamente todas as provas foram rechecadas. Antes de abrir o Sisu, isso já estava corrigido. Estatisticamente, o impacto na nota de corte não é significativo, é zero.”
Ele dividiu em três grupos as pessoas que procuraram o MEC para se queixar de problemas no exame: “militante, que se fazia passar por um aluno, entrava colocando terror na rede, e a gente descartava”; “pessoas que não estavam entendendo o processo, e nós orientamos as pessoas a fazer os procedimentos corretos”; e o grupo de “alunos que foram mal, mas disseram que a culpa era do Weintraub. Os pais nos procuraram, nós checamos as provas e vimos que havia tirado a nota mesmo”
Quanto às falhas no Sisu. ”O investimento para manter o Sisu em placas no MEC seria de R$ 15 milhões. Nós decidimos investir R$ 2 milhões e migrar para a nuvem, da Microsoft. Nós sabíamos que viria uma quantidade muito grande (de acessos), fizemos alguns testes prévios.”
”Das quatro milhões de pessoas que fizeram o Enem, quantas querem acessar o Sisu no primeiro dia, na primeira hora? Todas. Então, num primeiro momento, o sistema vai sendo sobrecarregado, existe uma lentidão. Para fazer os ajustes na nuvem da Microsoft, o sistema precisou sair do ar, experimentamos três períodos de interrupção no primeiro dia. No segundo dia, houve uma interrupção pela manhã e, a partir da tarde, o sistema operou normalmente.”
(Texto: João Fernandes com Yahoo!)