Vereadores da Capital se manifestam após paralização do transporte

Foto: Wanderson Lara
Foto: Wanderson Lara

E a paralização do transporte coletivo foi pauta na Câmara de Vereadores nesta terça-feira (21) na Capital. O vereador Profº André Luis (REDE), presidente da Comissão de Mobilidade Urbana, comenta que com a atual situação uma possível CPI do Consórcio não seria viável. “A CPI não sai mais. É um instrumento político, a gente vê que existe a necessidade mas acho difícil, teria que ter uma pressão interna para sair”.

Ele ainda comenta que a paralização já era uma possibilidade. “Eu não acho que essa greve tenha a ver com o ano da eleição, a bomba estava para estourar, isso é previsível. A nossa comissão do não tem poder coercitivo, a CPI tem, precisamos dela para esclarecer isso. A próxima reunião da Comissão irá discutir os reflexos dessa greve”, diz o vereador.

Já para o Presidente da Comissão do Transporte, vereador Coronel Alírio (União Brasil), a paralização é reflexo da gestão da empresa do transporte coletivo. “Essa greve é um absurdo, nós prejudicamos 100 mil usuários do transporte coletivo. Eu entendo que é má gestão do Consórcio. Essa Casa já deu subsidio para que a gratuidade dos estudantes fosse mantida e várias soluções forma apontadas. O consorcio não implanta essas soluções, vive só falando que tem prejuízo e que não há equilíbrio financeiro, então se o Consórcio não tem competência para gerir que peça a revogação do contrato e vamos buscar uma nova concessionária”.

O vereador ainda diz que há dados sobre o transporte coletivo que não estão sendo divulgados. “A Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) precisa divulgar com total transparência os dados do transporte, a divulgação dos dados é parcial, não é com clareza. será que a tarifa técnica é R$ 5,15, como diz  a Agereg? Não se sabe, não se consegue avaliar. Essa casa deu 12 milhões para manter gratuidades, deu 10 milhões em remissões, então todo mundo esta contribuindo, o consorcio precisa gerir com competência”, alfineta.

Já para o vereador Betinho (Republicanos), não é só a Capital que enfrenta questões no transporte coletivo. “O problema do transporte publico não é apenas de Campo Grande. Nós somos a única Capital que tem 100% de gratuidade para alunos, é um debate muito sério. A pergunta é: vamos mexer com essas gratuidades? Eu sou contra, sou a favor do subsidio, vivemos uma realidade muito dura. A união também tem responsabilidade pelo transporte público”, diz.

O vereador Tiago Vargas (PSD) se diz a favor de uma CPI para investigações. “Nós estamos infelizmente hoje passando por uma paralização no transporte publico de campo grande da empresa do Consórcio guaicurus. o consorcio não tem o compromisso com os cidadãos campo-grandenses e volto a dizer: a empresa alega que mensalmente há um prejuízo de 2 a 3 milhões de reais. ela é uma empresa privada que visa o lucro e convenhamos, uma empresa que tem um prejuízo milionário todos os meses ainda iria querer permanecer a frente do transporte publico? Eles querem obrigar os cidadãos a pagar uma passagem mais cara”, finaliza.

Com informações da repórter Beatriz Feldens

Confira mais informações na reportagem de Fernanda Marques:

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