O Sista/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul) também estava presente na paralisação nacional contra a reforma da previdência e cortes na educação, e conforme a coordenadora, Cléo Gomes, a UFMS pode parar as atividades em setembro por conta dos cortes.
“Nós estamos sofrendo com esses cortes, a UFMS ela teve R$30 milhões de corte e se você somar isso as emendas parlamentares que também foram suspensas fica em torno de R$50 milhões. Estamos trabalhando em regime de contenção de gastos, economia de água, de luz, mas até setembro a gente consegue garantir o pagamento de água e luz, depois disso, realmente, a gente não sabe como que vai ser o funcionamento da UFMS”, declara.
Ainda segundo a Cléo, a luta na manifestação é justamente para que o governo federal libere a verba que está bloqueada. “A nossa luta é para que o governo libere o dinheiro que está bloqueado e é isso que nos preocupa porque não há justificativa para ele está bloqueando essas verbas das universidades. A UFMS já não funcionava muito bem com o orçamento que querendo ou não já não era muito”, reforça.
Corte de verbas 2021
O Ministério da Educação (MEC) deve cortar, ao longo de 2021, R$ 994,6 milhões dos recursos destinados às universidades e aos institutos federais. Na UFMS, os recursos previstos para este ano foram reduzidos em 18% em relação a 2020.
Em Mato Grosso do Sul, serão R$ 140,8 milhões a menos do que o previsto no orçamento aprovado para o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
Na prática, isso significa menos R$ 17,5 milhões destinados para os contratos de energia, água e esgoto, limpeza, manutenção, vigilância, auxílios e bolsas de assistência estudantil e programas institucionais voltados para ensino, pesquisa, extensão, inovação e empreendedorismo.
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(Texto: Rafaela Alves com Correio Braziliense)