Ao menos 63 pessoas, entre civis e militares, morreram após o avanço das tropas russas na Ucrânia, informou um assessor presidencial e autoridades regionais. Na madrugada de hoje, o presidente russo, Vladimir Putin, deu sinal verde para o que definiu como “operação militar especial” contra a Ucrânia. O governo ucraniano diz que a ação é uma “invasão total”.
Segundo levantamento preliminar da Polícia Nacional e o Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia, as mortes confirmadas são:
• Três civis mortos em Donetsk, na cidade de Vugledar, após bombardeios;
• Um menino morto após explosão durante incêndio em prédio residencial em Chuguiv;
• Um morto em Berdyansk após forças russas alvejarem uma unidade militar de defesa aérea;
• Três guardas de fronteiras mortos em Skadovsk;
• Um guarda de fronteira morto em Kherson após bombardeio;
• Cinco militares morreram após queda de avião militar das Forças Armadas da Ucrânia em Obukhiv.
Autoridades de Odessa afirmaram que dezoito pessoas morreram após bombardeio contra uma base militar. “Oito homens e dez mulheres. No momento ainda estamos cavando entre os escombros”, informou a administração regional em comunicado.
Foram registrados pelo menos 20 militares feridos nas cidades Nikolaev, Berdyansk, Skadovsk, Myrhorod e Odessa.
Segundo autoridades ucranianos, helicópteros russos atacaram hoje o aeroporto militar Gostomel, perto da capital Kiev. Três deles foram derrubados. A Ucrânia diz que militares russos tentavam invadir Kiev e a região de Zhytomyr, na fronteira com Belarus.
Nas redes sociais, o Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia informou que uma de suas instalações em Kiev, na capital, foi bombardeada “provavelmente por mísseis”.
A Ucrânia combate as tropas russas em quase toda extensão de sua fronteira com a Rússia. Os principais conflitos acontecem nas regiões de Sumy, Kharkhiv, Kherson, Odessa e em um aeroporto militar perto de Kiev, disse um conselheiro do gabinete presidencial ucraniano.
A autoridade ucraniana também disse que há um temor de que a Rússia tente entrar em Kiev pelo espaço aéreo. A capital abriga as instalações do governo.
Tomei a decisão de conduzir uma operação militar especial. Nossa análise concluiu que nosso confronto com essas forças [ucranianas] é inevitável (…) Algumas palavras para aqueles que seriam tentados a intervir: a Rússia responderá imediatamente e você terá consequências que nunca teve antes em sua história. Vladimir Putin, ao anunciar a operação militar na Ucrânia.
Logo após o discurso, repórteres da rede americana CNN disseram ter ouvido explosões em Kiev, capital da Ucrânia, e em Kharkiv, a segunda maior cidade, localizada no nordeste do país. (com informações do Portal Uol)