TSE sinaliza que não há tempo para implementar voto impresso até 2022

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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sinalizou que será difícil que o voto impresso seja implementado nas eleições de 2022, mesmo que a medida seja aprovada pelo Congresso Nacional antes do pleito.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) instalou, em 13 de maio, a comissão que analisará o voto impresso. A PEC 135/19, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), exige a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil.

Segundo o órgão, é necessário que seja feita uma licitação “pautada por rígidos trâmites administrativos e burocráticos”. É preciso encontrar fornecedores capazes de atender uma demanda de mais de 500 mil urnas em todo o Brasil.

Esse processo não teria um prazo de duração, “tendo em vista o tempo necessário para as especificações técnicas e a margem de imprevisibilidade decorrente dos procedimentos de qualificação e dos eventuais recursos administrativos e judiciais”.

Além disso, antes da implementação existe um longo processo de testes, etapas de desenvolvimento do software, treinamento de pessoal e outros procedimentos que devem ser cumpridos.

O voto impresso é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo já deu declarações colocando em dúvida, sem apresentar provas, o sistema de urnas eletrônicas pelo qual são realizadas as eleições no Brasil.

Bolsonaro chegou a dizer que “se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição! Acho que o recado está dado”. Os apoiadores do projeto costumam referir-se a ele como “voto auditável”, apesar de a Justiça Eleitoral argumentar que as urnas eletrônicas são auditáveis e seguras.

ssim que a comissão do voto impresso foi instaurada, Lira declarou que é importante que a Casa analise o voto impresso para que “não paire dúvida na cabeça de nenhum brasileiro”. Ele estava ao lado de Bolsonaro.

(Com informações do Poder360)

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