Substituto de Mandetta também criticou isolamento vertical

Nelson Teich já havia sido cotado para Ministério antes da nomeação de Mandetta e trabalhou na campanha de Bolsonaro

Com a saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde, quem assumirá a pasta será o oncologista Nelson Teich, escolha técnica do presidente Jair Bolsonaro. Ele inclusive também já havia sido consultor de assuntos ligados a essa área durante a campanha presidencial do PSL em 2018. E a boa ligação com o chefe da nação brasileira deve ajudar para que um consenso enfim seja criado no Planalto, quando a convergência de ações no enfrentamento nacional da covid-18, doença causada pelo novo coronavírus. Isso porque, o novo ministro também afirma que que o chamado isolamento vertical não é “uma solução definitiva para o problema” da dispersão do novo coronavírus.  A estratégia, que consiste em isolar apenas idosos e pessoas com doenças crônicas, é amplamente defendida pelo presidente Bolsonaro.

Teich publicou 1 artigo sobre as ações de enfrentamento à pandemia da covid-19 em 3 de abril. Até então, o médico considerava o isolamento de toda população a “melhor estratégia” para evitar a propagação do coronavírus:

“O isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país”.

Sobre o isolamento vertical, o oncologista escreveu:

“Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema. Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem a partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela Covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente”.

Teich atuou como consultor para a área da saúde na campanha de Bolsonaro em 2018, quando chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Saúde pela 1ª vez e acabou perdendo a vaga para Henrique Mandetta.

(Texto: Danilo Galvão com informações do Poder360)

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