SP quer auxílio de MS para buscar ‘barões do tráfico’

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Quarteto que abastece a cocaína do PCC estaria próximo da fronteira com Corumbá

O Ministério Público de São Paulo espera nos próximos meses montar uma força-tarefa com seus pares de Mato Grosso do Sul e Polícia Federal para enfim capturar os “barões do tráfico”, apelido dado aos quatro narcotraficantes mais procurados do Brasil que atualmente estão foragidos e estariam escondidos na Bolívia, em zona próxima da fronteira com Corumbá.

A montagem de uma equipe específica para apurar os passos do quarteto é vista pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) como fundamental para mapear rotas, patrimônio e conexões e, dessa forma, evitar uma fuga.

Não vai ser uma tarefa fácil, segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco de Presidente Prudente (SP). Isso porque Suaélio Martins Lleda, André Oliveira Macedo, o “André do Rap”, Moacir Levi Correia, o “Bi da Baixada”, e Anderson Lacerda Pereira, o “Gordo”, são responsáveis por movimentar quase R$ 1 bilhão em drogas mensalmente, seja abastecendo o PCC (facção criminosa que controla o tráfico de armas e drogas nas fronteiras) ou exportando, principalmente para a Europa.

Todos os quatro estavam presos até o início do ano passado em presídios paulistas, mas conseguiram o direito à prisão domiciliar por conta da pandemia. Como era esperado, aproveitaram e fugiram. Milionários, chefiavam esquemas cinematográficos para exportar cocaína, quase sempre utilizando Mato Grosso do Sul como ponte para se chegar ao porto de Santos (SP). Todos eles exibiam mansões, fazendas, carros importados evida de luxo nas redes sociais.

O grupo dos “barões” é formado por ex-integrantes da própria facção que antes cuidavam das rotas do tráfico de cocaína na Bolívia, mas passaram a controlar a produção e o refinamento da droga, inclusive fabricando heroína. Com o PCC ocupado na fronteira com o Paraguai, era mais vantajosoaos líderes “terceirizar” o processo no país vizinho.

A O Estado, Gakiya disse que a aproximação com os bolivianos foi pacífica. “Não havia necessidade de conflito, como no Paraguai, pela situação precária das zonas de plantação de coca. Do ponto de vista de comparação, viraram uma espécie de ‘patrono’ dessas comunidades, oferecendo benefícios e afins”, disse. Somadas, as penas deles passam de 400 anos de prisão… Notícia completa no caderno de cidades no Jornal Impresso

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