A FUP (Federação Única dos Petroleiros) vai realizar assembleias até 17 de outubro para votar a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o dissídio coletivo da categoria, historicamente decidido entre os sindicatos e a estatal. A indicação é de rejeição da proposta do TST, informa o coordenador da FUP, José Maria Rangel.
“Se as reivindicações não forem atendidas pelo TST e pela Petrobras até o dia 22 (de outubro), estaremos deflagrando um movimento paredista (grevista) a partir da zero hora do dia 26”, afirmou.
Além da rejeição da proposta do TST, apresentada em 19 de setembro, a FUP quer condicionar a assinatura de um novo acordo de trabalho à aprovação de itens encaminhados ao TST. A entidade quer condicionar a assinatura do acordo à inclusão das subsidiárias e da Araucária Nitrogenados, que foram excluídas porque serão privatizadas.
A empresa comunicou que estava “iniciando uma transição para a legislação trabalhista vigente”, o que significa, por exemplo, o fim de alguns benefícios, como a antecipação do 13º salário em fevereiro.
A empresa já manifestou também a intenção de negociar individualmente com os empregados, sem a participação dos sindicatos. Outros itens como a proposta da estatal de acabar com os adicionais de horas extras e o fim da diária para treinamento foram derrubados pelo TST. (João Fernandes com VEJA)