Por VICTORIA AZEVEDO, de SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pré-candidata à Presidência da República, a senadora por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB, o Movimento Democrátido Brasileiro), rejeitou a vaga de vice numa eventual chapa que reúna os partidos da chamada “terceira via”.
A parlamentar participou hoje (18) de uma sabatina promovida pela Folha de S.Paulo e UOL. Na ocasião, Tebet revelou que não é candidata à vice-presidência. “Ao abrir mão da pré-candidatura e aceitar o papel de vice, estaria diminuindo o espaço das mulheres na política. Se não ser cabeça de chapa, não vou ajudar sendo vice. Vou estar nesse palanque como cabo eleitoral”, afirmou.
Simone voltou a dizer que o nome desse centro será anunciado até o dia 18 de maio. Como a Folha mostrou, os partidos União Brasil, MDB, PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) e Cidadania afirmaram no começo deste mês que irão anunciar nessa data quem representará uma candidatura única das quatro siglas à Presidência neste ano.
Ainda na sabatina, a senadora defendeu o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o seu governo e afirmou ainda ele tem atuado como conselheiro de sua pré-candidatura. “Ele [Temer] é um bom conselheiro, tem dado orientações. Não vamos esquecer da sua boa gestão”, continuou.
A parlamentar também afirmou que não se arrepende de ter votado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que votaria a favor de um eventual pedido de impedimento contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e que defende uma atualização da lei de crime de responsabilidade no Brasil.
Ao ser questionada sobre a Lava Jato, a senadora se colocou em cima do muro: não defendeu, nem criticou. “Não fico nem a favor nem contra a questão da Lava Jato. Ela cumpriu um papel importante, escancarou verdadeiros escândalos de corrupção, não adianta o PT dizer que não houve”, afirmou.
Por outro lado, diz que houve “excessos do rito processual”. “Não tenho dúvida nenhuma disso. Tenho um bom relacionamento com o [ex-juiz Sergio] Moro e quero acreditar que houve boa-fé. Mas aí tem que perguntar para ele, para os membros do Ministério Público, do Judiciário, para ver se houve má-fé ou boa-fé”, continuou.