Após o ouro inédito de Yeltsin Jacques nos 5.000m da Paralimpíada de Tóquio-2020, foi a vez da A três-lagoense Silvânia Costa de Oliveira brilhar no maior evento paradesportivo do planeta na quinta-feira (26).
Assim como na Rio-2016, a medalha veio com emoção. Na edição brasileira dos Jogos Paralímpicos, a sul-mato-grossense de 34 anos só assegurou o ouro na sexta e última tentativa. Agora na capital japonesa, o lugar mais alto do pódio foi alcançado no quinto salto, ao atingir cinco metros cravados, sua melhor marca na temporada.
Silvânia iniciou a prova queimando as duas primeiras chances. Na terceira, saltou 4,76 metros; na quarta, 4,69 metros e na quinta, enfim, veio a tão esperada marca. Para completar, na sexta e última ela atingiu 4,84 metros. O segundo lugar ficou com Asila Mirzayorova (4,91 metros), do Uzbequistão, e o terceiro com a ucraniana Yuliia Pavlenko (4,86 metros). A outra brasileira na disputa, Lorena Spoladore, finalizou na quarta posição, saltando 4,77 metros.
“Não foi uma prova muito fácil. Foi uma prova que eu entrei e no finalzinho tive muita garra, muita determinação, e ir para cima. Antes mesmo de finalizar a prova já estava comemorando. Eu sabia o tanto que eu tinha batalhado e lutado, o tanto que eu passei para chegar até aqui”, relatou Silvânia, em entrevista ao canal SporTV.
Nem deu muito tempo de comemorar o ouro no salto em distância. Silvânia, logo na sequência, competiu na prova dos 400 metros (classe T11), mas abandonou a segunda classificatória alegando dores na parte posterior da coxa, por conta do esforço físico nos seis saltos. Portanto, ela ficou fora da final da categoria.
Aniversário da Capital
Ainda na quinta-feira (26), Yeltsin Jacques conquistou o lugar mais alto do pódio na corrida dos 5000 m da classe T11 (de pessoas com deficiência visual). Natural de Campo Grande, a conquista de Yeltsin veio como um presente para o aniversário da Capital.
A prova foi emocionante já que o campo-grandense venceu de virada. Na entrada da última volta, o japonês Kenya Karasawa ultrapassou o brasileiro, deixando a impressão de que não seria mais alcançado. Neste momento da prova, Yeltsin parecia cansado para se recuperar.
Porém, o atleta aumentou a velocidade no sprint final e ultrapassou o japonês, cruzando a chegada em primeiro com folga, em uma prova histórica para o atletismo paralímpico brasileiro. (Com Raiane Carneiro)
(Texto alterado às 13:00 para acréscimo de informações)