As companhias aéreas da América Latina levarão até três anos para se recuperarem da crise causada pelo novo coronavírus (covid-19) e por conta disso, estão pedindo ajuda aos governos para sua necessária reinvenção.
É estimado que essa crise pode levar até três anos para que se recupere o ritmo de voos domésticos e regionais de 2019, e até 2024, no caso dos voos para Estados Unidos e Europa, conforme a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês)
Após quase três meses de fechamento de fronteiras e de restrições ao movimento regional, a maioria dessas empresas já esvaziou o caixa, e o apoio governamental é “urgente”, defendeu o vice-presidente da IATA para as Américas, Peter Cerdá.
“É uma corrida de longo alcance, não será de curto prazo. Será preciso trabalhar muito”, disse à AFP, Cerdá.
A perda devido à paralisia dos voos, que despencaram 93%, é estimada em US$ 18 bilhões, afirmou o executivo, acrescentando que a sangria deve continuar.
Conforme a AFP, no Brasil, o maior mercado doméstico da região, com 90 milhões de passageiros por ano, bancos privados coordenados por um banco de fomento administram um empréstimo de cerca de US$ 1,1 bilhão para as três maiores companhias aéreas: Gol, Azul e Latam.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da AFP)