O primeiro júri do pedreiro Cleber de Souza Carvalho, de 45 anos, assassino confesso de sete pessoas, seria realizado hoje (10), mas foi adiado conforme decisão do juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri por falta de promotor. Com isso, o julgamento pela morte de Timóteo Pontes Roman, de 62 anos, ficará para 2022.
O adiamento do juri se deu após a promotora de justiça Luciana do Amaral Rabelo que estava designada a atender o caso apresentar atestado alegando necessidade de tratamento médico urgente. O outro promotor, Douglas Oldegardo, também não poderá assumir a acusação, pois segundo o pedido de adiamento, não teria tempo suficiente para estudar o caso.
Diante da situação, as pautas de novembro e dezembro já estão definidas, restando datas disponíveis apenas a partir de fevereiro de 2022, sem data definida ainda.
Prisão
Cleber está preso desde o dia 15 de maio de 2020 e seria julgado pela morte de Timóteo, idoso morto a golpes de cabo de picareta, que teve o corpo jogado no poço do quintal da casa dele, na Vila Planalto.
A vítima ficou desaparecido por duas semanas e o corpo foi encontrado no dia 16 de maio de 2020, um dia depois de Cleber ser preso pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, em cumprimento a mandado de prisão expedido pela Justiça, a pedido da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).
Além de Timóteo, Cleber tem mais seis homicídios e para cada morte responde a um processo.
Último homicídio
Cleber disse durante interrogatório judicial que matou Timóteo durante uma briga envolvendo dinheiro que havia emprestado ao idoso e não tinha sido pago.
Ainda segundo as investigações, o pedreiro queria se apossar da casa da vítima, assim como aconteceu em todos os outros crimes. A denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) afirma que foi descoberto que Cleber tentou oferecer o imóvel para venda.