Se não estiver atento consumidor paga 94% mais caro na unidade do sabonete

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

[Por Suzi Jarde, Jornal O Estado de MS]

Nos supermercados, o valor do produto de higiene pode saltar de R$ 1,69 para R$ 3,29

Você entra no supermercado e paga um valor em um determinado produto, e passa em outro supermercado e observa que o mesmo produto comprado anteriormente, está mais em conta. Qual consumidor ainda não viveu essa infeliz experiência? Essa realidade é o caso do sabonete de 90 gramas, seus preços apresentaram variação que vão de R$ 1,69 à R$ 3,29 (94,67%). Os dados fazem parte da pesquisa de preço com produtos da cesta básica, feita pelo jornal O Estado em seis supermercados de Campo Grande. A pesquisa considerou os preços do sabonete da marca Lux.

A média de preço do item de higiene é de R$ 2,39. Em 2020, o sebo de boi, principal matéria-prima dos sabonetes consumidos no país, registrou aumento de preços de cerca de 80%, segundo fabricantes do produto. A alta se deve a uma combinação de redução do abate de bovinos e aumento da demanda por sebo no setor de biodiesel.

Outro produto da seção que tem impactado no bolso é o papel higiênico (Neve) com 12 unidades, na capital o consumidor paga no produto um valor de R$ 26,37, em média. Na pesquisa de preço feito nesta sexta-feira (07), os valores oscilaram entre R$ 21,90 (Fort e Comper) e R$ 32,99 (Nunes), a diferença de preço calculada ficou em 50,63%. Enquanto isso, o consumidor pode ter uma economia de até 18% na compra do creme dental Colgate. Os valores do produto variaram entre R$ 4,45 e R$ 5,29, o preço médio do produto é de R$ 4,91.

Na seção de mercearia, o pacote de arroz de 5 kg custa em torno dos R$ 28,22 a variação do alimento é de 20,61%. Entre os seis estabelecimentos a reportagem observou preços de comercialização que variam de R$ 24,79 a R$ 29,90. Já o feijão de 1 kg pode custar para a clientela entre R$5,49 e R$ 6,69 (21,86%), o preço médio do grão custa R$ 5,90.

Nesta semana, o pacote de macarrão Dallas é repassado para o consumidor por R$ 4,05, no comércio o produto pode ser encontrado custando entre R$ 2,99 e R$ 4,99, a diferença de preço é de 27,95%. Se tratando de macarronada, é impossível não lembrar do molho de tomate usado no preparo do prato, na pesquisa, os preços para o extrato de tomate de 310g (Elefante) custam entre R$ 6,59 e R$ 7,99, a variação de preço fico em 21,24%.

No açougue, o quilo do coxão mole vendido a vácuo teve aumento de 27,68% entre dois, dos seis estabelecimentos. O consumidor desembolsa, em média, no corte bovino R$ 33,59 os valores custam entre R$ 28,90 e R$ 36,90.

Hortifruti

A seção dos legumes, hortaliças, verduras e frutas tem desanimado o consumidor devido aos preços nas alturas no setor. O quilo da batata, por exemplo, chegou a R$ 12,99, já o valor “mais em conta” é cobrado R$ 10,89, a diferença de preço ficou em 19,28%.

No intervalo de um ano, o quilo do tubérculo passou de um preço médio de R$ 4,50 para R$ 10,03, variação de 122,89% – a maior registrada entre as capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Diariamente consumido, o tomate é vendido em torno de R$ 10,58 nos supermercados de Campo Grande, os valores coletados movimentam na balança entre R$ 9,65 (Pires), R$ 10,49 (Atacadão) e R$ 11,98 (Nunes). A diferença de preço atinge a marca de 24,15%.

Ainda de acordo com o Dieese, a alta de preços do tomate completaram um trimestre (10,90%). Enquanto isso, o que tem aliviado é o quilo da cebola que custa entre R$ 8,99 e R$ 6,99. Por fim, o quilo da banana custa em média R$ 5,55. A diferença de preço entre os estabelecimentos é de 45,93%, calculando o menor e maior valor, R$ 4,79 e R$ 6,99.

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