Estudo preliminar do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e publicado pela imprensa nesta terça-feira (3) revela que com as mudanças nas condições de aposentadoria a despesa com pessoal no Estado vai chegar em 2036 a valores abaixo dos de 2019 em termos reais (descontada a inflação). Sem essas alterações, isso só aconteceria nove anos depois: em 2045.
Mato Grosso do Sul está no grupo de 15 Estados que conseguiram encurtar esse tempo aprovando individualmente mudanças mais profundas nas condições de aposentadoria. Os outros estados são: Rio Grande do Sul, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo, Piauí, Sergipe, São Paulo, Goiás, Bahia, Ceará, Paraná, Pará, Mato Grosso e Acre.
De acordo com a publicação do Valor Econômico, a reforma aprovada por Estados deve reduzir de 34% para 5% a taxa de crescimento da despesa agregada com inativos e pensionistas ao fim desta década e permitir que daqui a 30 anos o gasto já esteja abaixo do de 2019 em termos reais.
Sem essa mudança na previdência, a despesa ainda cresceria vigorosamente em 2039 no país e chegaria a 2059 ainda 30% acima do valor do ano passado em termos reais.
Com as contas do Estado em dia, o governador Reinaldo Azambuja antecipou para 30 de outubro o depósito do pagamento referente àquele mês e abriu uma enquete entre os servidores para decidir a data do pagamento do 13º.
Além da reforma da previdência, desde 2015 Mato Grosso do Sul tomou uma série de decisões que ajudaram a enfrentar os momentos de dificuldade: reduziu o número de secretarias, revisou contratos e tomou outras medidas de controle de gastos.
As decisões permitiram ao Estado lançar e entregar obras nos 79 municípios. Somente em pontes de concreto, foram construídas mais nos últimos cinco anos do que nas quase quatro décadas anteriores. E em março, Reinaldo Azambuja lançou o Governo Presente, um pacote de R$ 4,2 bilhões de investimento, mais uma vez contemplando todas as cidades sul-mato-grossenses.
(Com informações: Valor Econômico)