Os sete terminais de transporte coletivo e os pontos de integração, Hércules Maymone e Moreninha vão custar à Prefeitura de Campo Grande R$ 5,5 milhões em reformas. A novidade foi anunciada pelo prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad. Em média, passam por estes locais cerca de 230 mil passageiros de ônibus.
Serão lançados dois lotes de licitações: o primeiro, orçado em R$ 2.380 milhões, abrangerá os terminais Bandeirantes, Júlio de Castilho e Guaicurus. O segundo lote, com R$ 3,2 milhões de valor de referência, incluirá os terminais Nova Bahia, Morenão, General Osório, Aero Rancho e os pontos de integração.
Ao lembrar que os terminais têm idade média de 25 anos, sem que neste período houvesse uma ampla reforma, Marquinhos falou da urgência dessas intervenções. “Esses locais nunca sofreram uma reforma completa e não dá pra ficar do jeito que estão. Por isso, vamos iniciar a obra para devolver à população esses equipamentos públicos de maneira eficiente e com infraestrutura duradoura. Não será apenas uma maquiagem, mas vamos mexer na parte interna e externa, desde o piso até a parte elétrica”, pontuou.
Está prevista para esta quinta-feira a publicação do edital de licitação do primeiro lote . O maior investimento será no Terminal Bandeirantes (em torno de R$ 867 mil); no Guaicurus o orçamento é menor, R$ 590 mil e no Julio de Castilho, aproximadamente R$ 782 mil.
O projeto contempla a reforma dos banheiros, troca de bebedouros, bancos, revisão das instalações elétricas; hidráulicas; projeto e segurança contra incêndio e pânico; reparos na cobertura; piso rígido do pátio; pintura geral; troca dos bancos; sala para descanso dos funcionários.
E, ainda, área para estacionamento de bicicleta (bicicletário); urbanização e acessibilidade ; guarita dos guardas municipais ou seguranças e grades móveis para o fechamento dos terminais durante a madrugada, quando não há circulação de ônibus.
O diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) Janine de Lima Bruno informou que será uma grande intervenção a fim de garantir terminais de qualidade, “que é o que todos os campo-grandenses merecem”. Entre as novidades, ele anunciou os pontos de recarga de celular, bebedouros acessíveis, consequentemente substituindo os antigos e também atendendo às necessidades dos cadeirantes.
“Vamos refazer toda a pintura do terminal, que hoje está bem deteriorada. Atendendo às necessidades das pessoas com deficiência visual, a entrada dos terminais terá um mapa tático, para que essas pessoas saibam onde devem embarcar e transitar com segurança, algo que nunca antes existiu. Novos letreiros formando os nomes dos terminais serão feitos. Bicicletários também serão implementados, facilitando o acesso aos terminais para quem precisa deixar sua bicicleta e ir de ônibus até seu local de trabalho”, detalhou o diretor da Agetran.
De acordo com técnicos da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, para evitar a ação de vândalos, que depredam as estruturas durante a madrugada, os terminais serão fechados quando o último ônibus deixar suas plataformas, com um vigilante na guarita – que será construída.
Em outra etapa, com recursos do Projeto de Mobilidade Urbana, está prevista a ampliação e reforma do Terminal Morenão (que ganhará mais 80 metros quadrados) e a construção de mais dois terminais, nas regiões do Altos do São Francisco e do Bairro Tiradentes, na Avenida Ministro João Arinos.
As lideranças comunitárias comemoraram a novidade. Para o vice-presidente do Conselho da Região Urbana do Imbirussu, David Gouveia, essas obras chegam na hora certa. “Antes era só maquiagem e a população não conseguia sentir nenhuma melhoria nos terminais nesses últimos anos. Era uma pintura, troca de torneira, mas nada que resolvesse de fato o problema da falta de estrutura adequada. Essa reforma vem como um presente para a população neste mês de aniversário da cidade”, ponderou.
Em nome da Câmara Municipal, o vereador João César Mattogrosso destacou a importância dessas reformas e pediu a ajuda da sociedade para cuidar desses locais. “A gente vê essa reforma nos terminais que muitos criticam e que era um sonho se transformando em realidade. Só que essa reforma não é do prefeito, ou do Rudi, do Janine, mas é para Campo Grande e nós precisamos ser fiscais do patrimônio público, porque é muito simples criticar o prefeito que, com toda dificuldade vai conseguir fazer uma reforma dessa. Precisamos do olhar e do cuidado de todos, não de um só”.
O evento, no auditório da Casa da Esplanada, contou com a participação do deputado estadual Felipe Orro.
(Rafael Belo com assessoria)