Reconhecimento facial passa a ser usado no controle de internos em presídios de MS

Foto: Divulgação
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Tecnologia desenvolvida por policiais penais agiliza procedimentos e amplia segurança em unidades do sistema prisional

Unidades prisionais de Mato Grosso do Sul passaram a utilizar um sistema de reconhecimento facial para controlar a entrada e a saída de internos, especialmente daqueles que cumprem pena em regime semiaberto e realizam trabalho externo. A tecnologia, desenvolvida por policiais penais do próprio Estado, foi incorporada às rotinas operacionais com o objetivo de reduzir falhas humanas e tornar os procedimentos mais rápidos e seguros.

O sistema utiliza padrões internacionais de captação e processamento de imagens semelhantes aos adotados por órgãos de referência mundial em identificação biométrica, como o FBI. A proposta é garantir maior precisão na identificação das pessoas privadas de liberdade, minimizando riscos de trocas, liberações indevidas ou erros nos registros.

A ferramenta está integrada ao Siapen, plataforma que concentra os dados do sistema penitenciário estadual. Com isso, a verificação da identidade ocorre de forma automática e em poucos segundos, sem a necessidade de conferências manuais. A capacidade média é de até 20 reconhecimentos por minuto, sem comprometer outras atividades da unidade.

Além de controlar o fluxo diário de internos, o reconhecimento facial também é utilizado em procedimentos mais sensíveis, como o cumprimento de alvarás de soltura e progressões de regime. Todos os registros ficam armazenados de forma auditável, o que permite rastrear cada liberação realizada.

Atualmente, o sistema está em operação no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, onde centenas de internos deixam a unidade diariamente para atividades externas. A tecnologia também já funciona no Estabelecimento Penal Feminino de Regime Semiaberto e Aberto da Capital e está em fase de implantação na unidade masculina de regime semelhante em Dourados.

A expectativa da administração penitenciária é ampliar gradualmente o uso da ferramenta para outras unidades do Estado, conforme a necessidade operacional, utilizando a tecnologia como apoio permanente às rotinas de segurança e gestão do sistema prisional.

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