Reajuste pode deixar gasolina centavos mais cara na Capital

A Petrobras reajustou ontem quarta-feira (27) o preço da gasolina em 4% em suas refinarias. Este é o segundo aumento consecutivo do mês, já que na última semana a empresa havia repassado uma alta de 2,8%. Se somados, o preço do litro do combustível poderá custar R$ 0,10 centavos a mais nos próximos dias. Cabe ressaltar, que tal aumento não tem ligação com a estimativa de alta divulgada anteriormente, motivada pela alteração da pauta do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Por sua vez, mesmo a empresa não modificando os valores aplicados ao diesel, cuja última alteração ocorreu no dia 19 de novembro, com alta de 1,2%, sindicato reivindica por mudanças e incentivo que ajude a frear o preço do diesel.

Segundo o último levantamento semanal realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) entre os dias 17 a 23 de novembro. Em Campo Grande o preço médio da gasolina na comparação com os valores aplicados em 43 postos da cidade, era de R$ 4,090, sendo o mínimo de R$ 3,979 e o máximo de R$ 4,299.

Por sua vez, Edson Lazarotto, Gerente-executivo do Sinpetro (Sindicato dos Distribuidores e Revendedores de Combustíveis) explica que as mudanças ocorrem em meio às alterações do dólar, que na terça-feira (26), alcançou um novo recorde ao chegar aos R$ 4,24. “Devido a alta do dólar, que alcançou um novo recorde de R$ 4,24, o preço da gasolina sofreu um novo reajuste na ordem de 4%, no preço das refinarias, que impactará no custo do combustível em média de R$ 0,06 centavos. Mas, como em apenas uma semana ocorreram dois reajustes, a somatória semanal revela um aumento de R$ 0,10 centavos na gasolina”, afirmou.

Contudo, pontua que caberá a cada estabelecimento passar isso aos consumidores ou não, mas, assegura que a tendência é de que eles sim ocorram. “Sempre frisamos, que o mercado trabalha com preços livres, ou seja, Livre Concorrência, cabe a cada empresário (revendedor) definir se repassa ou não, parcial ou totalmente o reajuste, isso dependerá ainda de estoques de cada posto, mas acredito que a medida que forem chegando os novos pedidos a tendência é de que os preços sejam reajustados”, destacou.

Governo tem que brecar alta do diesel, afirma Sindicargas (BOX)
Mesmo sem reajustes no preço do óleo diesel, a pesquisa semanal da ANP, indicou que o preço médio era de R$ 3,714, levando em conta os valores cobrados em 23 postos da Capital, sendo o mínimo R$ 3,579 e o máximo R$ 3,899. Para o diretor do Sindicargas (Sindicato dos Trabalhadores e Transportadores de Cargas de Mato Grosso do Sul), Roberto Sinai, o setor pede por mudanças e não descarta uma nova greve a partir do ano que vem, já que o momento é de baixa temporada nos transportes.

“A alta é sempre algo muito grave com relação à categoria, estamos trabalhando estagnados há muito tempo e não temos como repassar toda alta para o consumidor final, nem para o embarcador da carne. Então quem arca com o maior custo é o caminhoneiro, que não estão nada felizes. Queremos ter mais uma conversa com o governo e ele tem que brecar, a base do transporte do Brasil é sobre rodas, então precisamos de um subsídio para segurar a alta do diesel. O caminhão faz um quilômetro com o diesel que está custando quase o mesmo valor da gasolina, quando os carros comuns fazem mais de 10 quilômetros com apenas um litro”, explicou ele, afirmando que uma nova greve a partir de fevereiro poderá ser concretizada.

(Texto: Michelly Perez)

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