Relatório produzido por três entidades, aponta, que no ano passado pelo menos 2.195 mil pessoas foram internadas em hospitais públicos da região amazônica com problemas respiratórios causados pela fumaça das queimadas. O relatório foi apresentado nesta quarta-feira (21) para os parlamentares da Câmara dos Deputados.
Intitulado “O ar é insuportável”, o documento revela que as crianças, idosos, gestantes e pessoas que tem problemas pulmonares ou cardíacas pré-existentes são as principais atingidas. Em relação ao número de internações decorrentes da fumaça, registradas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 21% delas foram de bebês de até um ano e 49% de idosos.
Para o diretor-executivo do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps), Miguel Lago, essa quantidade de internações agrava a precariedade do SUS na Amazônia, onde a população já vive no que ele chama de “vazios sanitários”. Lago acrescentou que a pandemia de Covid-19 só piorou a situação.
“A gente está sobrecarregando o sistema em um ano no qual assistimos ao colapso hospitalar completo. São internações absolutamente evitáveis, a gente sabe que combatendo as queimadas pode-se evitar essas hospitalizações”, disse.
O relatório informa que, em setembro de 2019, a população de 168 municípios da Amazônia, cerca de 4,5 milhões de pessoas, foi exposta a partículas finas suspensas no ar (conhecidas como PM 2,5) em níveis mais altos do que os recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
(Com informações da Agência Câmara de Notícias)
Veja Mais:
Operação Ceuci foi concluída, mas investigações continuam
Após denúncia, dois são presos em ‘boca de fumo’ no interior