Na manhã desta terça-feira (10), aproximadamente 100 construtores e corretores imobiliários se reuniram na Av. Afonso Pena em protesto. Os profissionais reivindicam a liberação do subsídio do governo federal para tramitação regular dos contratos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
O protesto é um movimento regional com a intenção de instigar mais manifestação parecidas pelo país. Para Giovani Nunes Caldeira, corretor imobiliário presente na movimentação, o programa que hoje corresponde a 2/3 do mercado imobiliário brasileiro está sendo deteriorado com os bloqueios no repasse.
“Há uma perspectiva de que 600 milhões tenham sido liberados pelo governo, mas não foi encaminhado aos bancos para que os contratos corram a tramitação normal”, disse.
De acordo com Frederico Paniago, vice-diretor financeiro do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul (Sindimóveis-MS), a manifestação se trata de uma luta importante para a classe de profissionais que são diretamente afetados com a interrupção na liberação de recursos e precisam lutar por uma nova perspectiva. “Os profissionais dessa categoria sofrem por não conseguirem fechar contratos, que é ganha pão deles. Têm muita gente passando fome”.
Estica e puxa com a categoria
Nos dois primeiros meses, o governo atrasou quase 50 dias os repasses para o MCMV e congelou os recursos previsto para a construção de moradias do programa. O desbloqueio no programa e a liberação de R$ 800 milhões para os meses de maio e junho só foi possível mediante pressões dos profissionais da classe ao redor do país.
No entanto, a continuidade do programa corres risco com a possibilidade do governo contingenciar de novo recursos para o MCMV, como fez no início de abril, quando não repassou dinheiro à Caixa Econômica Federal. O Ministério de Desenvolvimento Regional informou que o governo autorizou a liberação de R$ 550 milhões em abril e maio, e outros R$ 500 milhões em junho. (Texto: Jean Celso)