O mineiro Milton Gonçalves, 88, morreu no início da tarde desta segunda-feira (30), no Rio de Janeiro. De acordo com a família, o artista morreu por problemas de saúde decorrentes do AVC em fevereiro de 2020.
O ator e também diretor, dublador, era conhecido por trabalhos marcantes em novelas como “O bem-amado” (1973), “Pecado capital” (1975) e “Sinhá Moça” (1986). Ele morreu em casa por volta de 12h30.
Em 1964, Milton Carneiro, Célia Biar e Milton Gonçalves foram os primeiros atores contratados pela Rede Globo de Televisão, que seria inaugurada no ano seguinte. Ele havia sido convidado para ingressar na emissora pelo diretor Otávio Graça Mello, que havia conhecido durante as filmagens de Grande Sertão (1965).
Por sua atuação como Pai José na segunda versão da novela Sinhá Moça (2006) lhe valeu a indicação para o prêmio de Melhor Ator no Emmy Internacional. Na cerimônia, apresentou o prêmio de Melhor Programa Infanto-juvenil ao lado da atriz americana Susan Sarandon. Foi o primeiro brasileiro a apresentar o evento.
No cinema, é um dos artistas brasileiros com maior carreira, tendo atuado em filmes importantes como Toda Donzela Tem um Pai que é Uma Fera (1966), Mineirinho Vivo ou Morto (1967), O Homem Nu (1968), Macunaíma (1969), A Rainha Diaba (1974), Lúcio Fávio, O Passageiro da Agonia (1977), Eles Não Usam Black-Tie (1981), Quilombo (1984), Um Trem Para As Estrelas (1987), O Que É Isso, Companheiro? (1997), Carandiru (2003) e Billi Pig (2012). Milton Gonçalves também está no elenco de Pixinguinha, Um Homem Carinhoso (2021).
Além disso, era militante do movimento negro, Milton Gonçalves chegou a tentar a carreira política, nos anos 90, ao candidatar-se a governador do estado do Rio de Janeiro, em 1994. Acesse também: Região dos bairros Parque do Sol e Jardim Itamaracá receberão asfalto em 2023