Preocupação com demanda por combustível retorna

Com as medidas de “lockdown” impostas em vários países, o consumo de combustível tem caído, o que aumenta as preocupações de que uma retomada na demanda após o impacto da pandemia do novo coronavírus poderá levar anos.

Por conta do isolamento social, a demanda global por combustíveis recuou em 25%. O declínio sem precedentes forçou produtores a promover cortes recordes de bombeamento e estocar centenas de milhões de barris de petróleo.

O consumo de combustíveis recuperou parte do terreno perdido à medida que governos flexibilizaram as restrições de circulação e os cortes de produção colocaram um freio no excesso de demanda. No entanto, essa recuperação tem estagnado, conforme o número de infecções volta a disparar nos EUA, maior consumidor global de combustíveis, e mantém a tendência de alta em outras grandes economias, como Brasil e Índia.

No mundo, a demanda por gasolina avançou em quase 3 milhões de barris por dia (bpd) em junho ante maio, maior crescimento mensal da história, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA,na sigla em inglês).

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) acredita que uma segunda onda de casos pode fazer com que a demanda caia em 11 milhões de bpd neste ano, segundo um estudo interno da Opep visto pela Reuters. As expectativas atuais são de uma queda de 9 milhões de bpd na comparação anual.

“Se a segunda onda se materializar, a demanda global por petróleo vai se recuperar de forma muito mais lenta em 2021, arrastando os efeitos da pandemia sobre o mercado por ainda mais tempo”, disseram analistas da Rystad Energy.

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(Texto: Inez Nazira com informações do Reuters)

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