A economia da prefeitura de Campo Grande com o ganho de 20 novos respiradores por parte do governo federal para auxiliar no tratamento de contaminados pelo coronavírus pode chegar a R$ 1,1 milhão, conforme nota do município para o jornal O Estado. Segundo o texto, dos 20 ventiladores mecânicos recebidos, 10 estacionários são da marca Leistung modelo LUFT 3 – custo de R$ 60 mil cada – e os 10 restantes são portáteis da marca Oxymag, a R$ 41 mil cada. Os valores estavam na nota de compra dos equipamentos.
“Além do uso momentânea para atendimento da pandemia de COVID-19, os equipamentos serão importantes para garantir o aparelhamento das unidades de urgência e emergência do município, podendo ser utilizados futuramente nos atendimentos de uma forma geral”, informou a nota. Os equipamentos possibilitarão a ampliação de leitos de retaguarda e substituição de equipamentos obsoletos ou com avarias das unidades 24 horas, entre UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e CRSs (Centro Regional de Saúde), para atendimento de pacientes com quadro mais grave de coronavírus e outras síndromes respiratórias.
O aparelho é considerado crucial para o atendimento destes pacientes, uma vez que auxilia na manutenção da respiração. Em suma, o ventilador pulmonar, como é tecnicamente chamado, tem o papel de bombear o oxigênio para os pulmões e remover o gás carbônico através de um tubo. A inserção desse tubo na traqueia é um procedimento conhecido como intubação. A COVID-19 pode causar inflamação pulmonar (pneumonia), o que dificulta a respiração dos pacientes em estado mais grave. É por isso que os ventiladores são necessários para ajudar a tratar alguns pacientes com a infecção. Eventualmente, os ventiladores são chamados de respiradores porque são máquinas que produzem respiração artificial, como os ventiladores pulmonares mecânicos.
Campo Grande é considerada a capital com o menor índice de ocupação de leitos e incidência de casos de COVID-19 do país. Até o dia 11 de junho, 16 pessoas encontravam-se internadas em unidades hospitalares. Cinco em leitos de UTI de hospitais privados e 11 em leitos de enfermaria, destes cinco em leitos públicos e seis em leitos privados. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, a Capital tinha até então 325 respiradores reservados para uso de contaminados pelo coronavírus, sendo 134 no Hospital Regional e 183 na Santa Casa.
(Texto: Rafael Ribeiro)