Preço do litro que estava em R$ 5,50 já chega até R$ 5,999
Após o reajuste anunciado pela Petrobrás no preço dos combustíveis nesta semana, a procura pela gasolina, etanol e óleo diesel aumentou nos últimos dias, em Campo Grande. Os motoristas, preocupados com esse aumento, correram para abastecer e o poreço em alguns locais supera os R$ 5,70 e pode chegar perto de R$ 6, pouco mais de 3 dias após o anúncio de aumento.
Segundo o último levantamento feito divulgado em maio, na Capital, pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), o valor médio da gasolina, por exemplo, era de 5,50. Porém, o jornal O Estado percorreu alguns postos, tanto da região central, quanto em alguns bairros e constatou que hoje o combustível pode ser encontrado em média a 5,69. Ou seja, em números absolutos o aumento foi de quase R$ 20.
Esse valor, por exemplo, foi constatado em um posto próximo ao cemitério Santo Antônio, entre as avenidas Eduardo Elias Zahran e Ernesto Geisel. Já o etanol, que leva o combustível fóssil em sua composição, nesse local o preço por litro está em R$ 4,64. Esse também é o valor do diesel.
Na mesma região, o valor mais alto foi de 5,79. Já neste local, o álcool No entanto, o preço por litro do combustível encontrado mais caro foi em frente a Base Aérea, na avenida Duque de Caxias, onde o valor verificado foi de R$ 5,99, o maior de todos os estabelecimentos consultados. Já o etanol estava custando R$ 4,59 e o diesel R$ 4,69
Consumidor
Para a empresária, Lenir Andrade Traia, os aumentos do custo de vida no Brasil são cada vez mais constantes, porém o poder aquisitivo das famílias só tende a cair. “É um absurdo esse valor. Para economizar, somos obrigados a usar cada vez menos o automóvel, reduzindo de todas as formas os locais de ir e quando ir”, lamentou.
O autônomo, Élcio Ribeiro da Silva, utiliza o automóvel para ir até a empresa onde presta serviço, bem como para fazer trabalhos em outros locais. Ele compartilha da visão
da empresária em comparar que o valor dos combustíveis aumentam, porém o salário do trabalhador não acompanha esses reajustes. Está muito complicado, pois preciso do meu carro para trabalhar e nos últimos meses vem tendo muito aumento. Já o nosso ganho, faz tempo que não tem uma ala real, então a vida está cada vez mais difícil”, concluiu.
Sinpetro
O diretor executivo do Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul), Edson Lazarotto, em relação ao aumento, o reajuste já ocorreu na terça feira dia (06), nas distribuidoras de imediato. Ou seja, os combustíveis adquiridos pelos postos nos últimos dias já tiveram esse acréscimo e o resultado foi esse aumento já nesta semana.
“O mercado trabalha em uma economia livre e assim como as distribuidoras que imediatamente após o anúncio do reajuste pela Petrobras já reajustaram seus preços.Portanto os postos que já compraram os derivados com novos valores”, revelou.
Questionado pela reportagem se houve queda no movimento nos postos devido aos últimos aumentos, Lazarotto informou que não houve queda, mas sim recuperação, pois no início da pandemia os postos tiveram déficit de vendas de 70%, mas vem em ritmo de recuperação.
“Hoje nosso movimento está em média de 30%, portanto não foi por preço, até porque fazia 60 dias que não era reajustado os preços pela Petrobras”, explicou.
(Texto: Flávio Veras)