Por Los Caminos de America: Artista colombiano realiza exposição de quadros ao lado do Camelódromo

A passagem pela Capital é fruto de uma promessa que tem como destino final Chapecó (SC)

Os caminhos da América do Sul são diversos, singulares, coloridos e uma mistura rica de personagens. O artista Henry Magont já percorreu alguns deles e o resultado dessa trajetória é representado em seus quadros que trazem um pedacinho das regiões por onde ele passou. As produções artísticas integram a exposição intitulada “Por Los Caminos de America”. Os moradores da Capital podem conferir as obras expostas diariamente na passarela que divide o Camelódromo e o Shopping Estação.

Há um mês em Campo Grande, o pintor de 60 anos, conta com um sotaque portunhol, o motivo de ter escolhido o trajeto entre a rua 15 de Novembro e Avenida Afonso Pena para exibir suas telas. “Eu passava por aqui no centro aleatoriamente e encontrei esse empreendimento. Fui conversar com o presidente do Camelódromo, ele me mostrou a passarela e eu topei. Não fui ruim não, estou agradecido com o resultado”, comenta. 

Os quadros ficam pendurados nas grades laterais da estrutura que já ganhou até uma homenagem do artista. No cavalete principal, uma tela traz em destaque a representação do Camelódromo, além da Morada dos Baís e outros prédios da área central. A pintura ainda é composta por algumas capivaras, cavalos e vários tons de verde. A cor é constante na maioria das produções, pois a flora é uma das principais inspirações do colombiano. 

Inspiração é algo que não falta na vida de Henry desde que ele pintou sua primeira obra há décadas atrás, quando era só um menino. O pintor relata que apesar de não ter concluído o ensino superior a arte sempre esteve presente no seu cotidiano. “A pintura faz parte da minha vida desde criança quando eu tinha oito anos e comecei a manifestar essa inclinação. Eu comecei a faculdade, sai, mas nunca parei de pintar”, diz. 

Ele afirma de forma orgulhosa que aprendeu e desenvolveu sozinho sua própria técnica artística. “Criei por minha conta meu próprio estilo, identidade e ascendência. Eu coloco muita arquitetura nos meus quadros, sou paisagista em 3D, então essa é a minha criatividade. As molduras também são feitas por mim, é tudo feito a mão. Um trabalho completo da minha autoria”, enfatiza.

Em direção a Chapecó

No Brasil, Henry já passou por diversos estados como Rondônia, Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A Cidade Morena é só mais um ponto de parada na viagem que o colombiano realiza. A peregrinação entre as regiões brasileiras é fruto de uma promessa que tem como destino final o município de Chapecó, em Santa Catarina.

Há quatro anos, o colombiano estava em Medellín quando ocorreu o acidente aéreo que causou a morte de jogadores e funcionários da Chapecoense. Henry relembra como a história dele se uniu a de familiares e amigos das vítimas. “Foi cruel o que aconteceu e eu me juntei a essa dor dos chapecoenses. Quando o avião caiu fui voluntário na questão de acompanhar os brasileiros. Fiz uma boa amizade com alguns e eles falaram que eu deveria ir à Chapecó, que eu era um convidado de honra. Dei minha palavra, quis cumprir e estou cumprindo”, relata.

O artista conta que ficará mais dois meses em Campo Grande antes de seguir em direção à Santa Catarina. Enquanto a hora de partir não chega, Henry segue expondo de segunda à sábado suas telas na passarela do Camelódromo. “Eu estou muito feliz aqui, é bonita a cidade. Espero que as pessoas consigam aproveitar essa oportunidade da minha passagem para conhecerem um novo estilo, uma nova tendência que muitos nunca haviam visto. Sempre estou aqui ao vivo pintando, sempre permaneço aqui”, finaliza.

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