Depois da execução de Carlos Rubén Sánchez, o Chicharô, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã, uma mensagem foi enviada a uma rádio, com ameaças a policiais e jornalistas que estiveram no local onde um veículo usado no crime foi incendiado. Eles foram ameaçados de serem fuzilados, se não fossem embora.
De acordo com o Dourados News, dois veículos encontrados incendiados podem ter sido usados pelo grupo criminoso. Foram encontrados um Toyota, em uma estrada rural no bairro Cerro Coraí. Há aproximadamente três quilômetros deste local, outro veículo foi encontrado, também incendiado.
A princípio, foi apurado que um dos veículos foi roubado de um motorista, pelo grupo fortemente armado. A vítima indicou que 9 pessoas, que usavam coletes e camisetas com a inscrição Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) exigiram a chave do veículo, além do celular do motorista.
Equipes policiais fazem varredura na região onde os carros foram encontrados e o alerta é para a população evitar a região. No fim da manhã deste sábado (7), conforme informou o site ABC Color, uma mensagem foi enviada para a Rádio Oásis, exigindo que todos se retirem daquele bairro, caso contrário serão fuzilados.
Fingiram ser policiais
A suspeita é de que o crime esteja ligado ao tráfico de drogas e também foi apontado que o PCC (Primeiro Comando da Capital) teria articulado o homicídio. Os atiradores estariam uniformizados como agentes da Senad e estavam em dois veículos.
A delegacia fica nas proximidades da casa de Chicharô. Assim que ouviram os primeiros disparos, policiais foram ao local e um chegou a ficar ferido após os suspeitos atirarem contra a viatura. O comissário Silvino Jara Benítez esclareceu que os homens armados tocaram a campainha da casa de Carlos Sánchez.
Eles foram atendidos pelo funcionário da residência, após fingirem ser policiais. No entanto, renderam o homem e foram até o quarto de Chicharô, onde atiraram várias vezes e mataram a vítima. Imagens de câmeras de segurança da região serão analisadas e o caso está em investigação.
Atentado e morte
Carlos sofreu uma tentativa de homicídio em dezembro de 2019, quando teve o carro atingido por pelo menos 17 tiros. Apesar da blindagem do carro, o político sofreu pequenos ferimentos no antebraço esquerdo por conta dos estilhaços do vidro. Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, os tiros eram de fuzis 7.62, pistola 9 milímetros e escopetas de calibre 12.
Já em novembro de 2020, o advogado de Chicharô, Diego Rotela, foi executado, em Capitan Bado, quando saía da casa da namorada. Pistoleiros que estavam em uma motocicleta abordaram a vítima e a assassinaram a tiros.