Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (7), pela Polícia Federal, a Operação Bárbaros, que tem a finalidade de reprimir crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato envolvendo vereadores, assessores parlamentares e ex-vereador da Câmara Municipal de Ponta Porã, município a 329 quilômetros de Campo Grande e que faz fronteira com o Paraguai.
As investigações começaram logo após fiscalização promovida pela Superintendência do Patrimônio da União de Mato Grosso do Sul, vinculado ao Ministério da Economia, na qual foram constatadas ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União, localizadas em Ponta Porã. Foram cumpridos o total de seis mandatos de busca e apreensão na Câmara Municipal de Ponta Porã e em residências que seriam alvos da Operação.
Também foram cumpridas medidas cautelares de suspensão do exercício da função parlamentar, por 180 dias, e proibição de contato e aproximação de um dos investigados com os servidores da Superintendência do Patrimônio da União-MS. Os nomes dos investigados ainda não foram divulgados pela Polícia Federal.
A Operação Bárbaros contou com quarenta Policiais Federais, das delegacias de Ponta Porã, Dourados e Campo Grande, além da participação de integrantes do GPI (Grupo de Pronta Intervenção) da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul. O balanço da operação, contendo síntese do que fora apreendido, deverá ser divulgado ainda na tarde de hoje, por meio de nota.
O nome da operação remonta à época do Império Romano em que os povos denominados de “bárbaros” não falavam o idioma grego e nem compartilhavam da mesma cultura e modo de organização da sociedade grega. Habitavam o norte da Europa, em uma região conhecida como Germânia, sendo que, a partir do século III d.C., começaram a migrar e invadir as terras do Império Romano do Ocidente.
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