Bolsonaro alega “chantagem” após rejeição do voto impresso

Bolsonaro fala em chantagem após PEC do voto impresso ser rejeitada
Foto: Alan Santos/PR/Flickr

A Câmara dos Deputados rejeitou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que pretendia incluir o voto impresso nas eleições de 2022, junto com as urnas eletrônicas. A pauta era uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro, que alegava haver fraudes eleitorais, mesmo admitindo não ter provas. Sobre a derrota no plenário, o presidente falou nesta quarta-feira (11) que o resultado se deu por medo dos deputados de sofrerem retaliações, além de chantagem.

Na noite de ontem (10), foram computados 229 votos a favor da proposta e 219 contra. Para o texto ser aprovado, era necessário 308 votos favoráveis, dos 513 congressistas. A votação ocorreu em meio a uma tensão entre os poderes já que ontem, no período da tarde, houve um desfile de blindados organizado pelo Ministério da Defesa, com o apoio do presidente. A medida foi vista por muitos políticos como uma tentativa de intimidar os deputados.

Segundo o UOL, nesta quarta-feira, o presidente Bolsonaro falou em chantagem contra os políticos que não são de esquerda, mas rejeitaram a proposta, sem dar mais detalhes de que tipo de chantagem ou provas. Também mencionou medo de retaliações para quem não votou.

“Quero agradecer à metade do parlamento que votou de forma favorável ao voto impresso, parte da outra metade que votou contra, que entendo que votou chantageada. Uma outra parte que absteve, não todos, mas alguns lá não votaram por medo de retaliação”, disse durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, em Brasília. O presidente se referiu aos 65 deputados que não votaram na PEC.

 

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