A Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgou ontem (6) que o preço da cesta básica sofreu aumento em todas as capitais do país no mês de março. Em Campo Grande, a alta foi de 5,51%, sendo a quarta capital com o maior aumento, e o valor da cesta chegou a R$715,81.
O levantamento cobre a variação dos preços durante os últimos doze meses, e nesse período a cesta subiu cerca de 29,44% na capital sul-mato-grossense, sendo a mais alta entre as capitais. No mês de março os produtos com maior variação foram o tomate (51,74%), o óleo de soja (14,43%) e a farinha de trigo (8,90%), e a batata foi o único item que registrou redução (-8,29%). Os produtos que contribuíram para o aumento do valor da cesta foram o feijão, o pão francês, o óleo de soja e a farinha de mandioca, que tiveram alta em todas as 17 regiões analisadas.
Em relação ao tempo médio de trabalho para que o cidadão consiga comprar uma cesta básica é de cerca de 119 horas e 11 minutos. Já o salário mínimo no país, com base na cesta mais cara, do estado de São Paulo, deveria ser de R$6.394,76, valor cinco vezes maior que o atual, para que fosse possível cobrir os gastos de uma família com alimentação, moradia, educação, saúde, vestuário, lazer, transporte, higiene e previdência.