OMS quer ampliação de testes e isolamento em casos suspeitos de coronavírus

Países devem ampliar a realização de testes em pacientes com sintomas do coronavírus (Covid-19) e fortalecer ações de isolamento daqueles com suspeita de infecção. É o que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Na avaliação da entidade, que coordena os esforços globais de prevenção e combate à pandemia, tão ou mais importante que adotar medidas de redução da circulação e aglomeração de pessoas é assegurar os exames e o isolamento.

O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou a importância das duas iniciativas para evitar a ampliação da circulação do vírus. “A forma mais eficaz de salvar vidas é quebrar a cadeia de transmissão. E para fazer isso precisa testar e isolar. Não se pode apagar a fogo cego. Não conseguiremos parar a pandemia se não soubermos quem está infectado. Temos uma simples mensagem: testem, testem, testem. Todos os casos suspeitos. Se eles derem positivo, isolem”, declarou.

A testagem deve abranger tanto pessoas que apresentem sintomas quanto aquelas que tiveram contato com casos confirmados. Além disso, a organização também assinalou a necessidade de os países investirem na construção e ampliação de laboratórios de modo a aumentar a capacidade geral de testagem de suas populações.

A chefe técnica do programa de emergências de saúde da OMS, Maria Van Kerkhove, acrescentou que a estrutura de exames é importante porque em determinadas situações será necessário repetir os testes.
“Recomendamos testes repetidos, pois há possibilidades de falsos negativos. Mas especialmente com pessoas com link epidemiológico, se tem alta suspeita e contato confirmados, é importante fazer um novo teste para aumentar chance de identificar”, sugeriu.

ISOLAMENTO

Com relação aos isolamentos, os representantes da entidade manifestaram preocupação pelo fato de parte dos países já ter excedido a capacidade para casos leves. A OMS recomenda que outras instalações sejam utilizadas, direcionando aos hospitais apenas os casos mais graves em tratamento.

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)

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