O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, pretende elaborar um “programa de testes” para ampliar a quantidade de informações sobre a disseminação do novo coronavírus no País e, com isso, “conhecer a doença”.
A iniciativa foi comentada na primeira manifestação após ser apresentado oficialmente pelo presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto.
Os critérios para aplicação dos exames, porém, ainda não estão definidos, mas o plano do novo ministro é estabelecer uma política específica. “Esse programa vai ter de envolver SUS, saúde suplementar, empresariado. Tem de fazer um grande programa e definir qual a melhor forma, como fazer a amostra, que tipo de testes, se é paciente sintomático, ou assintomático”, disse o oncologista. “Isso vai criar capacidade de entender o momento, a doença e a capacidade de definir ações”.
Por causa da escassez de testes disponíveis, a prioridade tem sido submeter a exames apenas pacientes internados com quadro de síndrome respiratória aguda grave, além de profissionais de saúde e de segurança pública. Especialistas alertam que a subnotificação de casos de covid-19 prejudica um mapeamento preciso do quadro brasileiro.
Apesar de os exames não serem colocados à disposição em massa, a equipe que está de saída do Ministério da Saúde vinha exaltando a capacidade de oferecer exames. “A questão do teste é extremamente complexa. O que o Ministério da Saúde tem conseguido é motivo de satisfação”, afirmou o atual secretário executivo da pasta, João Gabbardo, na semana passada.
(Texto: Jéssica Vitória com informações da Istoé)