Nova Caravana da Saúde deve começar até o fim do mês

Caravana da Saúde fará 68 mil cirurgias e exames em 39 hospitais credenciados

Expectativa é de que sejam realizados mais de 70 mil procedimentos nos próximos 13 meses

Os 34 hospitais de Mato Grosso do Sul que foram credenciados para o novo formato da Caravana da Saúde, o programa Opera MS, já se organizam para começar os procedimentos ainda este mês. Conforme a publicação do DOE (Diário Oficial do Estado), de ontem (30), mais de 70 mil cirurgias devem ser realizadas durante os 13 meses de ação.

De acordo com o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, o Opera MS está sendo consolidado, vai ser apresentado ao governador Reinaldo Azambuja e deve ser lançado nos próximos dias, junto com o programa Examina MS, que prevê realizar mais de 65 tipos de exame de média e alta complexidades.

A diretora-geral de Atenção à Saúde, Angélica Congro, afirmou que ainda não foi definida uma data específica para o início dos procedimentos cirúrgicos e que nem todos vão ser realizados de forma simultânea, como eram feitos na Caravana da Saúde. “Vão ter vários locais operando em dias diferentes, porque esse programa vai até outubro do ano que vem, não é curto. Mas, também terão cirurgias simultâneas em vários dias e diversos locais do Estado”, explicou.

Na publicação do DOE foram listados os 34 hospitais credenciados para participar do Opera MS que devem realizar vários procedimentos, como cirurgias ortopédicas, gerais, oftalmológicas e ginecológicas. De acordo com Congro, o credenciamento para novas unidades pode ser aberto novamente durante o decorrer da ação. “Daqui a 60 dias vamos reavaliar como foi o desenvolvimento e podemos abrir para novas adesões”, explicou.

Segundo o texto, o programa deve custar 60 milhões para os cofres públicos. A expectativa é de que sejam realizadas 5.422 cirurgias por mês, totalizando 70.009 em 13 meses.

Hospital Regional

O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) está entre as 34 unidades do Estado credenciadas para participar do Opera MS. No local, devem ser realizados 713 procedimentos cirúrgicos, isso porque os administrados preferiram não “ousar” ao se comprometer com um número maior de cirurgias, já que a instituição é referência para o tratamento da COVID-19.

“A retomada dentro do HR está sendo diferente de outras instituições. Nosso hospital inteiro estava destinado a COVID-19 e ainda mantemos UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e enfermarias COVID, que prevemos que ainda teremos que manter por mais algum tempo. Para a virada do hospital de COVID para não COVID tem nos exigido muito empenho e inúmeros processos de trabalho estão sendo recuperados para que isso aconteça. Não podemos ousar mais, por conta da responsabilidade que ainda temos com essas questões”, esclareceu a diretora-geral do HRMS, Marielle Alves Corrêa Esgalha.

A unidade já se organiza para as cirurgias que devem começar assim que forem formalizados termos aditivos aos contratos do hospital com a SES (Secretaria de Estado de Saúde) e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Os procedimentos realizados no HRMS serão dentro das especialidades de cirurgia- geral, urologia, ginecologia, cirurgia plástica, otorrinolaringologia, vascular e proctologia.

A intenção do hospital é de preparar leitos específicos para os pacientes dessas cirurgias eletivas. “As equipes envolvidas são as mesmas que já compõem os serviços das respectivas especialidades, tentaremos organizar leitos específicos para os procedimentos eletivos, assim que conseguirmos regredir um pouco mais nos leitos COVID-19 que ainda estão ativos no hospital. Quanto aos insumos, a maioria dos procedimentos que serão realizados pelo HR não requer insumos muito diferentes dos que já são utilizados, porém precisaremos de algumas compras a mais para que alcancemos o que foi proposto”, ressaltou Esgalha.

A unidade pretende realizar todos os 713 procedimentos dentro de um ano e, assim, contribuir para desafogar a fila de pessoas que aguardam por cirurgias eletivas, que aumentou durante a pandemia. “O programa, muito importante em nossa visão, vem em um momento bem delicado para a saúde de um modo geral. A pandemia estagnou praticamente todos os procedimentos cirúrgicos eletivos no Estado e país todo. É a forma que temos de tentar compensar as longas filas de pacientes que se formaram aguardando suas cirurgias. A expectativa é de que o projeto seja o ponta pé inicial para a retomada não só do HRMS, mas de toda rede de assistência do Estado”, finalizou.

Outros hospitais

Em Campo Grande, além do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), outros três estão credenciados para o programa Opera MS. A Maternidade Cândido Mariano deve realizar 6.292 cirurgias, ao passo que o Hospital São Julião está com previsão de fazer 3.159 e o Hospital do Pênfigo, 3.159. Já em todo o Estado, o hospital com o maior número de procedimentos cirúrgicos é o Abranastácio, no município de Anastácio, onde devem ser realizadas 6.760 cirurgias. (Texto: Mariana Ostemberg)

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